Governadores do Norte, Centro Oeste e do Nordeste enviam carta a Temer chantageando ao exigirem mais dinheiro da União.
Roberto Ramalho é jornalista e colunista do Portal RP-Bahia.
Estados endividados não admitem parcela de culpa na crise financeira e ameaçam não pagar funcionários públicos e fornecedores se não houver ajuda do governo federal. Governadores querem pelo menos 14 bilhões de reais.
Os governadores das regiões Norte, Centro-Oeste e Nordeste, a grande maioria do PMDB e que apoiaram o impeachment da presidente Dilma, divulgaram uma carta aberta ao presidente Michel Temer reforçando o pedido por socorro financeiro e por novo encontro no Palácio do Planalto.
O documento menciona a "situação de colapso" vivida pelos Estados, que segundo els está prejudicando serviços essenciais, e a seca que afeta a produção agropecuária.
No texto, os governadores reiteram a demanda por um repasse de R$ 7 bilhões.
Desde a semana passada, os Estados das referidas regiões intensificaram a pressão sobre o governo federal por um socorro financeiro nos moldes dos valores cedidos ao Estado do Rio de Janeiro.
Ameaçaram com a edição de decretos de calamidade pública e sabe-se que pelo menos 14 Estados já teriam concordado com essa iniciativa. Inclusive uma minuta-modelo já havia sido compartilhado entre os governadores.
Os governadores alegam que, como suas regiões têm poucas dívidas com a União, não foram contemplados o suficiente pelo acordo de renegociação firmado em junho. O projeto já foi aprovado pela Câmara dos Deputados e agora segue para o Senado. Assim que for aprovado e caso não sofra emenda (s), deverá ainda ser sancionado esse ano pelo presidente Temer.
Os governadores argumentam que o acerto acabou não gerando grandes efeitos de alívio sobre as finanças de seus Estados, que também estão em crise.
Em reunião recente com o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, os governadores ouviram, que um socorro seria muito difícil diante da grave situação fiscal do governo federal, e que praticamente estaria descartada hipótese de antecipar aos Estados receitas previstas com a repatriação, devido às incertezas em relação à arrecadação com essa iniciativa.
Ganham de presente seis meses de bonificação da União para não pagar e renegociam por até 20 suas dívidas. O que rem mais? Por essa razão vem com um argumento tosco e mentiroso de que não tem recursos financeiros em caixa para bancar reajuste salarial para o funcionalismo público. Enquanto isso empregam milhares de servidores públicos indicados por políticos para não fazerem nada.
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