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segunda-feira, 2 de janeiro de 2017

Rebelião em presídio do Amazonas deixa cerca de 60 mortos. Muitos corpos foram mutilados. 

Roberto Ramalho é jornalista e colunista do Portal RP-Bahia.

Uma rebelião num presídio do Estado do Amazonas, com gangues rivais se enfrentando, causou cerca de 60 mortos. Alguns corpos foram decapitados. A rebelião durou mais de 17 horas.

Segundo o membro da Comissão Nacional de Direitos Humanos da OAB Glen Freitas, a polícia ainda busca corpos no interior do Complexo Penitenciário Anísio Jobim.  Ele acusou o governo do estado de omissão, já que manteve membros de duas facções rivais no mesmo presídio.

Glen Freitas afirmou que a OAB acompanha todos os casos de violência em presídios motivados pela guerra entre as facções e disse que 'presídios brasileiros não recuperam ninguém. Segundo o membro da Comissão Nacional de Direitos Humanos da OAB, os presídios brasileiros são simples depósitos de seres humanos'.

O ministro da Justiça conversou com o governador do Amazonas, José Melo. Por meio de nota, ele ofereceu a Força Nacional e colocou vagas em presídios federais à disposição.

Imprensa internacional deu grande destaque a rebelião em Manaus. A rede britânica BBC, a americana CNN, e o jornal espanhol El País relataram o caso por meio de suas páginas na internet. O motim terminou com pelo menos 60 detentos mortos depois de mais de 17 horas. O secretário de Segurança Pública do Amazonas, Sérgio Fontes declarou que o estado não tem como controlar, sozinho, situações como a rebelião no Complexo Penitenciário Anísio Jobim. O motim começou depois de uma briga entre facções rivais.

Para o STF, famílias de presos mortos em Manaus têm direito a indenização. Cabe a cada juiz definir o valor da indenização devida, dependendo do caso.

A situação em praticamente todas as penitenciárias do País é de caos. O Brasil tem a quarta maior taxa de presos do mundo, só perdendo para Os EUA, Rússia e China.

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