Artigo - A proteção contra a febre amarela.
Roberto Ramalho é jornalista e servidor da Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (Uncisal).
A febre amarela é causada por um vírus da família Flaviviridae e ocorre em muitos países da América do Sul, América Central, África e Ásia.
No meio rural e silvestre, ela é transmitida pelo mosquito Haemagogus.
Porém, em área urbana, o vetor é o Aedes aegypti, o mesmo mosquito transmissor da dengue, do Zika-vírus e da febre chikungunya.
De acordo com o Ministério da Saúde, a transmissão da febre amarela no Brasil não ocorria em áreas urbanas desde 1942.
A principal medida de combate à doença é por meio de uma ampla campanha de vacinação da população.
O imunizante é ofertado gratuitamente nos postos de saúde por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), mas, em muitas cidades do Brasil a vacina está em falta.
A aplicação ocorre em dose única, devendo ser reforçada após 10 anos.
No caso de crianças, o Ministério da Saúde recomenda a administração de uma dose aos nove meses e um reforço aos 4 anos.
São necessários dez dias para que a vacina proteja a totalmente a pessoa e ela fique imunizada.
A doença depois de contraída se manifestará em até 18 dias, caso a pessoa não tenha tomado a vacina.
Para uma proteção temporária, enquanto a pessoa ainda não tomou a vacina, recomenda-se que use repelente a cada duas horas, sobretudo em locais onde existe a proliferação do mosquito transmissor.
Até o fechamento desse artigo já chega a 40 o número de mortes por febre amarela em todo o país.
Segundo o Ministério da Saúde, o resultado já é 46% maior do que no último surto da doença, ocorrida entre 2007 e 2008, quando morreram 28 pessoas.
Minas Gerais é o estado com o maior número de casos: são 37 mortes. Em seguida aparece São Paulo com três pessoas que morreram por febre amarela.
A Secretaria de Estado de Minas Gerais considera que nenhum dos casos suspeitos no estado são urbanos.
Em Maceió, diversos postos de saúde já não tem mais mais a vacina disponível.
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