MAIOR JORNAL DOS EUA, 'NYT', PEDE FIM DE
EMBARGO DOS EUA A CUBA
JORNALISTA Roberto Ramalho com O ESTADO DE São PAULO
e agências Internacionais
O maior e mais severo embargo praticado por um país,
contra outro, tudo indica que está com os dias, meses e anos contados.
O jornal norte-americano The New York Times publicou um editorial no sábado em inglês e
espanhol pedindo ao presidente Barack Obama que reflita sobre Cuba para
"retomar relações diplomáticas" e acabar com o embargo à ilha.
A posição do jornal sobre o assunto não é inédita.
Segundo o conceituado e tradicional jornal
americano, a mudança "poderia representar uma grande vitória" para o
governo Obama, cuja popularidade está em baixa.
Diz o editorial
em um de seus trechos: "Pela
primeira vez em mais de meio século, mudanças na opinião pública americana e
uma série de reformas em Cuba fizeram com que seja politicamente viável retomar
relações diplomáticas e acabar com um embargo insensato".
EUA e Cuba romperam as relações diplomáticas em
1961 e Washington começou a aplicar o embargo econômico em 1962.
O jornal
enfatiza que, embora o governo cubano "continue perseguindo
dissidentes", recentemente "libertou a maioria dos presos
políticos" e flexibilizou restrições de viagens.
O
editorial cita reformas econômicas iniciadas pelo presidente Raúl Castro como
preparação para "uma era pós-embargo" e afirma que "líderes americanos concluíram que o embargo foi um fracasso"
e a geração de cubanos no exílio que o defende "está desaparecendo".
O NYT lembra que com as atuais crises mundiais, a
Casa Branca pode considerar que mudar a política sobre Cuba não seja
prioridade, mas acrescenta que "ajudaria a melhorar as relações com vários
países da América Latina".
Para a Cúpula das Américas no Panamá em 2015, Cuba
deve ser convidada.
A Casa Branca não confirmou se Obama participará.
"Seria importante. Ele deveria considerar uma oportunidade para fazer algo
histórico", conclui o editorial do The
New York Times.
Cuba está, aos poucos, iniciando reformas
econômicas, e abrindo o mercado para a entrada de empresas estrangeiras no
país. Chegou a hora de Cuba realmente mudar, e para melhor, aliando as
conquistas sociais nas áreas da educação e da saúde, com profundas reformas em
sua economia, se capitalizando e oferecendo novas oportunidades ao povo da ilha
caribenha.
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