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sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Artigo – Vírus Ebola – Uma ameaça para a humanidade

Roberto Ramalho é jornalista, pesquisador, blogueiro e servidor da Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas

A OMS considera o atual surto de ebola na África e que já está se espalhando em outros continentes, com o maior e pior da história.

Desde março, mais de dez mil casos da doença já foram confirmados e mais de quatro mil pessoas morreram vitimados pela doença.

Entretanto, a agência teme que mais de 50 mil pessoas possam ser infectadas até que a epidemia seja controlada.

No atual surto há uma elevada taxa de infecção entre profissionais de saúde que cuidam de pacientes com ebola. Mais de 240 médicos e enfermeiros já foram infectados e mais de 120 morreram.

A falta de roupas de proteção e o cansaço após jornadas exaustivas de trabalho são as razões para essas infecções. Alguns deles estão recebendo o tratamento em países europeus e nos Estados Unidos.

O médico americano Kent Brantly foi tratado nos Estados Unidos com o soro experimental ZMapp. Após três semanas de isolamento ele foi curado. Mas a eficácia desse medicamento é controversa. Um padre espanhol tratado com esse soro não sobreviveu. Perante a gravidade da crise, a OMS aprovou em meados de agosto a utilização de substâncias experimentais contra o ebola.

Um droga experimental chamada ZMapp curou macacos infectados pelo vírus ebola. Novos testes em animais apresentaram resultados promissores. Primatas que já manifestavam sintomas da doença, até cinco dias depois de serem infectados pelo vírus, foram curados, revela estudo.

Muitos africanos confiam mais em curandeiros tradicionais do que em médicos, dificultando o tratamento. Na Nigéria, voluntários tentam esclarecer dúvidas sobre o vírus pelo telefone.

A boa notícia é que macacos vacinados contra o Ebola desenvolveram imunidade de longo prazo. O resultado traz esperança para testes realizados em humanos, de acordo com os cientistas americanos.

De acordo com informações do site da BBC Brasil, os experimentos, conduzidos pelo Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos mostraram imunidade à doença de, pelo menos, dez meses.

Vários tratamentos experimentais estão sendo usados para conter a propagação do vírus.

Testes da vacina começaram a ser conduzidos em humanos, nos Estados Unidos, e devem ser estendidos para o Reino Unido e África.

Ainda segundo o site BBC Brasil, entre os tratamentos está uma vacina que utiliza um vírus de chimpanzé geneticamente modificado, contendo duas espécies do ebola-Zaire, o tipo viral circulando na África Ocidental, e de outras espécies comuns encontradas no Sudão. O resultado esperado é que o sistema imunológico reaja ao componente de ebola e desenvolva imunidade ao vírus.

E visando ajudar no combate a propagação da doença, Cuba enviou mais de uma centena de profissionais da área da saúde entre médicos e enfermeiros a Serra Leoa, durante seis meses, para ajudar as autoridades a combater a epidemia de ebola.

O Secretário Geral da ONU, Ban-Ki-Moon, afirmou que é necessário cerca de um bilhão de dólares para combater a doença. Segundo ele apenas um país doou cem mil dólares até o momento.

Até hoje, dia 17.10.14, já morreram vítimas do vírus ebola cerca de 4.500 pessoas de um total de 10.000 casos, segundo um balanço anunciado pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

Segundo a Organização Humanitária Médicos Sem Fronteiras, pacientes expostos ao vírus Ebola começam a apresentar sintomas entre dois a 21 dias após o contato com a doença, que tem início rápido.

Os sintomas iniciais se assemelham aos de uma infecção comum como da gripe, por exemplo.

Os principais sintomas são:
Conforme o Ebola progride, os sintomas tornam-se muito mais graves, e o paciente passa a apresentar os seguintes sintomas, em estágio final da doença, entre eles:
·        Vômitos;
·        Diarreia;
·        Vermelhidão nos olhos;
·        Inchaço dos genitais;
·        Hemorragia interna e externa (alguns pacientes podem ter sangue saindo de seus olhos, nariz, boca, orelhas ou reto);
·        Erupção ou hemorragia ao longo da pele e mucosas.

Um caso suspeito foi diagnosticado na cidade de Cascavel no Paraná, contudo, o exame de um paciente vindo de Serra Leoa para o Brasil deu negativo, para alivio de todos os brasileiros.

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