TELEFÔNICA FECHA COMPRA DA GVT PERTENCENTE AO GRUPO
FRANCÊS VIVENDI E SAI DA TELECOM ITALIA
JORNALISTA
ROBERTO RAMALHO COM AGÊNCIA EFE
O GRUPO ESPANHOL CONTROLARÁ 92,5% DA EMPRESA
RESULTANTE DA INTEGRAÇÃO DA TELEFÔNICA BRASIL COM A GVT
A Telefônica fechou na
sexta-feira (19/09) a compra da operadora brasileira GVT da francesa Vivendi.
Na transação adquirirá
5,7% da Telecom Italia. Dessa forma a operadora espanhola alcança seu objetivo
de sair da empresa italiana, e ainda se torna líder de banda larga no
Brasil, a terceira maior operadora de televisão por assinatura e se
consolida como a segunda maior empresa de telefonia fixa.
Para incorporar à nova
compra a companhia terá que pagar 4,66 bilhões de euros (cerca de R$ 14
bilhões) para o grupo francês Vivendi, que ainda receberá 12% do capital social
da sociedade resultante da integração da Telefônica Brasil com a GVT.
No fechamento da
operação entre ambos, o grupo espanhol controlará 92,5% da empresa resultante
da integração da Telefônica Brasil com a GVT, enquanto cerca de 7,5% ficará nas
mãos da Vivendi.
As duas companhias negociavam
com exclusividade desde o dia 29 de agosto a compra e venda da GVT,
empresa pela qual também se interessou a Telecom Italia.
De acordo com a Vivendi,
em uma nota oficial, dessa quantia em dinheiro será preciso descontar dívida
bancária no valor de 450 milhões de euros.
A companhia lembra que a
operação está submissa à aprovação por parte das autoridades de competência e
estima que será concluída definitivamente no final do primeiro semestre de
2015.
Em paralelo, a empresa
francesa Vivendi aceitou a oferta da Telefônica para comprar-lhe 1,11 bilhão de
ações ordinárias que tem da Telecom Italia e que representam atualmente uma
participação de 8,3% do capital com direito a voto da companhia italiana,
equivalente a 5,7% de seu capital social.
Em troca, a Vivendi
entregará à espanhola 4,5% da sociedade resultante da integração da Telefônica
Brasil e da GVT.
O pagamento com dinheiro
será financiado através de uma ampliação de capital da Telefônica Brasil, na
qual a Telefônica participará mediante outra ampliação.
Meses antes o presidente
da Telefônica, Cessar Alierta, confirmou o interesse de sua companhia em sair
de Telecom Italia, um objetivo que alcançou com a operação brasileira, embora
seu fechamento se diferirá três anos, uma vez que em julho Telefônica emitiu
bônus a três anos obrigatoriamente passíveis de troca por ações da Telecom
Italia no valor de 750 milhões de euros.
Em comunicado a
Telefônica ressaltou que a integração com a GVT gerará sinergias de, pelo
menos, 4,7 bilhões de euros.
A nova Telefônica Brasil
consolidará sua liderança como operador integrado de comunicações do país,
líder no segmento móvel e de banda larga, com cobertura nacional e um perfil de
cliente de alto valor.
A GVT conta com uma
importante rede de nova geração com mais de 10,4 milhões de lares em 21 estados
brasileiros e mais de 2,5 milhões de clientes de banda larga.
Com essa aquisição a
nova Telefônica Brasil não informou se deverá promover melhores descontos para
os atuais clientes e mais ofertas para os próximos.
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