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segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Artigo – Vírus Ebola – Surgimento, sintomas, transmissão e tratamento – 1ª Parte

Roberto Ramalho é jornalista, blogueiro, pesquisador, e servidor público da Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas

O terrível e devastador vírus do ebola foi descoberto em 1976 na República Democrática do Congo por uma equipe de pesquisadores belgas.

A doença foi batizada com o nome do rio que atravessa o vilarejo onde ela foi identificada pela primeira vez.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) até o momento já houve 15 epidemias nos países africanos, sendo o mais grave o atual.

De acordo com os pesquisadores há diversas variações do vírus, e apenas algumas causam a febre hemorrágica que leva à morte.

Ainda não há vacina ou medicamentos aprovados para combater o ebola. A doença é fatal na maioria dos casos, sendo que a taxa de mortalidade é de 90%. O diagnóstico é feito através de exames laboratoriais.

Os sintomas, que sempre aparecem entre dois e vinte um dias após a infecção, são dores de cabeça e musculares, muita fraqueza, calafrios, falta de apetite, dor de estômago e de garganta, diarreia, vômitos e febre hemorrágica.

As principais regiões do corpo afetadas são o aparelho digestivo, o baço e o pulmão. A transmissão do vírus ebola ocorre apenas através de fluídos corporais, isto é, deve haver contato direto entre as pessoas ou animais infectados, e também por meio do contato com ambientes contaminados para que haja a transmissão.

Ele se propaga, por exemplo, sobretudo em hospitais, entre enfermeiros e médicos que tratam de pessoas infectadas. Além disso, pode ser transmitido ao se tocar no corpo de pessoas que morreram dessa doença.

Segundo os pesquisadores, os animais infectados também transmitem a doença.

O vírus ebola foi introduzido na população humana através de contato com sangue, secreções, órgãos e fluídos corporais de animais que carregavam o vírus.

O mais interessante é que os morcegos, embora sejam hospedeiros do vírus, não adoecem e podem carregar o ebola consigo até o fim da vida.

Campanhas de esclarecimentos sobre o ebola são fundamentais para conter o avanço da epidemia. A única maneira de evitar uma infecção são medidas preventivas, como melhores condições de higiene nos hospitais, uso de luvas e a quarentena.

Os primeiros casos do atual surto de ebola foram confirmados em março deste ano na Guiné. Desde então, a pior epidemia dessa doença da história já se alastrou por seis países africanos. Casos já foram registrados na Libéria, em Serra Leoa, na Guiné, na Nigéria, na República Democrática do Congo e no Senegal.

Os governos de Serra Leoa, Libéria e Nigéria decretaram estado de emergência devido à epidemia. O surto levou alguns países africanos a por em quarentena regiões fortemente atingidas pela doença. Além disso, para tentar evitar a propagação da epidemia, países como Guiné, Libéria e Costa do Marfim fecharam suas fronteiras.


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