Artigo – Vírus Ebola – Surgimento, sintomas,
transmissão e tratamento - Final
Roberto Ramalho é jornalista, pesquisador, blogueiro
e servidor da Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas
A OMS considerou o atual surto de ebola com o maior
e pior da história. Desde março, mais de três mil casos da doença já foram
confirmados e mais de duas mil pessoas morreram de ebola. Entretanto, a agência
teme que mais de 20 mil pessoas possam ser infectadas até que a epidemia seja
controlada.
No
atual surto há uma elevada taxa de infecção entre profissionais de saúde que
cuidam de pacientes com ebola. Mais de 240
médicos e enfermeiros já foram infectados e mais de 120 morreram. A falta de
roupas de proteção e o cansaço após jornadas
exaustivas de trabalho são as razões para essas infecções. Alguns deles estão
recebendo o tratamento em países europeus e nos Estados Unidos.
O
médico americano Kent Brantly foi tratado nos Estados Unidos com o soro
experimental ZMapp. Após três semanas de isolamento ele foi curado. Mas a
eficácia desse medicamento é controversa. Um padre espanhol tratado com esse
soro não sobreviveu. Perante a gravidade da crise, a OMS aprovou em meados de
agosto a utilização de substâncias experimentais contra o ebola.
Um droga experimental
chamada ZMapp curou macacos infectados pelo vírus ebola. Novos testes em animais
apresentaram resultados promissores. Primatas que já manifestavam sintomas da
doença, até cinco dias depois de serem infectados pelo vírus, foram curados,
revela estudo.
Muitos africanos confiam mais em curandeiros tradicionais do
que em médicos, dificultando o tratamento.
Na Nigéria, voluntários tentam esclarecer dúvidas sobre o
vírus pelo telefone.
A boa
notícia é que macacos vacinados contra o Ebola desenvolveram imunidade de longo
prazo. O resultado traz esperança para testes realizados em humanos, de acordo
com os cientistas americanos.
De
acordo com informações do site da BBC Brasil, os experimentos, conduzidos pelos
Institutos Nacionais de Saúde dos Estados Unidos mostraram imunidade à doença
de, pelo menos, dez meses.
Vários tratamentos
experimentais estão sendo usados para conter a propagação do vírus.
Nesta semana, testes da
vacina começaram a ser conduzidos em humanos, nos Estados Unidos, e devem ser
estendidos para o Reino Unido e África.
Ainda
segundo o site BBC Brasil, entre os tratamentos está uma vacina que utiliza um
vírus de chimpanzé geneticamente modificado, contendo duas espécies do
ebola-Zaire, o tipo viral circulando na África Ocidental, e de outras espécies
comuns encontradas no Sudão. O resultado esperado é que o sistema imunológico
reaja ao componente de ebola e desenvolva imunidade ao vírus.
E
visando ajudar no combate a propagação da doença, Cuba está enviando mais de
uma centena de profissionais da área da saúde entre médicos e enfermeiros
a Serra Leoa durante seis meses para ajudar as autoridades a combater a
epidemia de ebola.
A afirmação foi feita pelo ministro da Saúde cubano Roberto
Morales Ojeda, em uma coletiva de imprensa conjunta com Margareth Chan nesta
sexta.
Até
o momento já morreram vítimas do vírus ebola cerca de 2.500 pessoas de um total de 4.784 casos, segundo um balanço anunciado
nesta sexta-feira (12) pela diretora da Organização Mundial da Saúde (OMS),
Margaret Chan.
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