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sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Artigo – Vírus Ebola – Surgimento, sintomas, transmissão e tratamento - Final

Roberto Ramalho é jornalista, pesquisador, blogueiro e servidor da Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas

A OMS considerou o atual surto de ebola com o maior e pior da história. Desde março, mais de três mil casos da doença já foram confirmados e mais de duas mil pessoas morreram de ebola. Entretanto, a agência teme que mais de 20 mil pessoas possam ser infectadas até que a epidemia seja controlada.

No atual surto há uma elevada taxa de infecção entre profissionais de saúde que cuidam de pacientes com ebola. Mais de 240 médicos e enfermeiros já foram infectados e mais de 120 morreram. A falta de roupas de proteção e o cansaço após jornadas exaustivas de trabalho são as razões para essas infecções. Alguns deles estão recebendo o tratamento em países europeus e nos Estados Unidos.

O médico americano Kent Brantly foi tratado nos Estados Unidos com o soro experimental ZMapp. Após três semanas de isolamento ele foi curado. Mas a eficácia desse medicamento é controversa. Um padre espanhol tratado com esse soro não sobreviveu. Perante a gravidade da crise, a OMS aprovou em meados de agosto a utilização de substâncias experimentais contra o ebola.

Um droga experimental chamada ZMapp curou macacos infectados pelo vírus ebola. Novos testes em animais apresentaram resultados promissores. Primatas que já manifestavam sintomas da doença, até cinco dias depois de serem infectados pelo vírus, foram curados, revela estudo.

Muitos africanos confiam mais em curandeiros tradicionais do que em médicos, dificultando o tratamento.

Na Nigéria, voluntários tentam esclarecer dúvidas sobre o vírus pelo telefone.

A boa notícia é que macacos vacinados contra o Ebola desenvolveram imunidade de longo prazo. O resultado traz esperança para testes realizados em humanos, de acordo com os cientistas americanos.

De acordo com informações do site da BBC Brasil, os experimentos, conduzidos pelos Institutos Nacionais de Saúde dos Estados Unidos mostraram imunidade à doença de, pelo menos, dez meses.

Vários tratamentos experimentais estão sendo usados para conter a propagação do vírus.

Nesta semana, testes da vacina começaram a ser conduzidos em humanos, nos Estados Unidos, e devem ser estendidos para o Reino Unido e África.

Ainda segundo o site BBC Brasil, entre os tratamentos está uma vacina que utiliza um vírus de chimpanzé geneticamente modificado, contendo duas espécies do ebola-Zaire, o tipo viral circulando na África Ocidental, e de outras espécies comuns encontradas no Sudão. O resultado esperado é que o sistema imunológico reaja ao componente de ebola e desenvolva imunidade ao vírus.

E visando ajudar no combate a propagação da doença, Cuba está enviando mais de uma centena de profissionais da área da saúde entre médicos e enfermeiros a Serra Leoa durante seis meses para ajudar as autoridades a combater a epidemia de ebola.

A afirmação foi feita pelo ministro da Saúde cubano Roberto Morales Ojeda, em uma coletiva de imprensa conjunta com Margareth Chan nesta sexta.

Até o momento já morreram vítimas do vírus ebola cerca de 2.500 pessoas de um total de 4.784 casos, segundo um balanço anunciado nesta sexta-feira (12) pela diretora da Organização Mundial da Saúde (OMS), Margaret Chan.



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