Governo do Estado engana servidores da saúde
e extingue a gratificação por função
Jornalista Roberto Ramalho
As negociações entre as categorias da saúde e o governo do Estado sobre
a incorporação da GPF (Gratificação por Função) ao salário dos servidores
acabou em frustração e transtornos para os representantes da área da saúde, que
ficaram chocados e decepcionados, principalmente os servidores que comandam o
setor de gestão de pessoas das unidades hospitalares da UNCISAL.
Todos pensavam que o governador iria mandar implantar no salário dos
servidores das unidades hospitalares pertencentes à SESAU e a UNCISAL (HGE,
HEPR, HEHA E HMSM) toda a gratificação paga aos servidores desses órgãos.
Segundo os representantes do governo do Estado, o processo com o Projeto
de Lei que irá incorporar as gratificações, conhecidas como GPF, ao subsídio
das categorias, já está em tramitação, e em breve será concretizada, uma vez
que essa proposta não implicará em impacto na Lei de Responsabilidade Fiscal
(LRF).
A Secretaria de Estado da Saúde explica que não haverá perda salarial
para os servidores com a referida incorporação, o que é uma grande mentira, já
que a GPF será extinta e apenas 11,98% da mesma será incorporada ao salário dos
servidores das unidades hospitalares.
Caso venha a ser aprovada pela Assembleia, o Projeto de Lei seguirá para
sanção e valerá com a data retroativa a 1º de novembro.
“Não medimos esforços para chegarmos a um denominador comum, e iremos
fazer o que for possível, dentro da lei, para atender as reivindicações dos
Sindicatos dos Médicos e do Movimento Unificado da Saúde”, explicou o coordenador
de Ações Estratégicas da SESAU, Robson Silva.
A incorporação de apenas 11,98% ao salário dos servidores implicará na
perda de R$ 230,00 para os funcionários do nível médio, e de R$ 450,00 para os
de nível superior.
Isso representa uma atitude mesquinha e desumana do governo do Estado
para com os servidores da área da saúde.
Na próxima semana será protocolado no
Ministério Público o pedido de notificação para que o governador de Alagoas, Teotônio
Vilela Filho e o Secretário de Saúde, Jorge Vilas Bôas expliquem a razão da
extinção da GPF, uma vez que o governo federal também repassa para a SESAU
recursos que são destinados ao pagamento da referida gratificação.
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