Conselho Federal da OAB debaterá
sobre teto remuneratório único previsto na PEC 05/11 para todos os servidores
públicos
Jornalista Roberto Ramalho com
ASCOM – Conselho Federal da OAB
O presidente nacional da Ordem dos Advogados do
Brasil (OAB), Ophir Cavalcante, vai designar um relator na entidade para
apresentar voto e subsidiar os debates no Pleno da OAB sobre a Proposta de
Emenda à Constituição (PEC) número 05/2011.
A referida PEC estabelece, entre outras mudanças, a
criação de um teto remuneratório único para os servidores públicos tendo como
remuneração máxima a de ministro do Supremo Tribunal Federal, pondo fim à
existência de tetos diferenciados estaduais.
O anúncio de que levará a matéria a debate na OAB
foi feito por Ophir Cavalcante ao receber, em audiência, o presidente da
Federação Nacional do Fisco Estadual e Distrital (Fenafisco), Manoel Isidro dos
Santos Neto.
Ele defendeu o retorno do teto único, que vigorou
no país de 1998 a 2003, e ressaltou que, ao contrário do que foi divulgado
exaustivamente pela imprensa, a PEC 05 não acaba com a existência do teto
remuneratório. “Ao contrário, fixa um teto único, corrigindo a distorção gerada
pelos subtetos diferenciados”, explicou.
Outra vantagem da PEC, segundo o presidente da
Fenafisco, é o fato dela estabelecer vínculos empregatícios distintos, conforme
a previsão do artigo 37, XVI, da Constituição, possibilitando aos profissionais
a obediência a tetos específicos para cada atividade e não a um único teto.
Disse ele: “A PEC corrige a injustiça de não se
permitir que o funcionário que possua dois empregos possa receber sua
remuneração de forma individualizada. Por exemplo, um magistrado poderá receber
seu subsídio respeitando-se o teto da magistratura carreira e ainda receber
remuneração caso seja professor em universidades públicas. Hoje, parlamentares,
desembargadores, juízes e ministros do STF acabam indo dar aulas na iniciativa privada
por não poderem receber pela atividade extra realizada nos entes estatais”.
Ophir Cavalcante afirmou que esse debate precisa
ser enfrentado pela sociedade e defendeu a desvinculação de determinadas
careiras, tais como a de auditor fiscal, da obediência à vontade política do
governante de plantão.
Segundo Ophir Cavalcante: “A OAB defende uma
burocracia estatal técnica e profissional, que não dependa da vontade política
daquele que está no cargo de governo.”
Também participaram da reunião no gabinete da
Presidência da OAB, o diretor para Assuntos Parlamentares e Relações Sindicais
da Fenafisco, Rogério Macanhão, o presidente do Sindicato dos Servidores do
Fisco Estadual do Pará (Sindifisco), Charles Jonson Alcântara, e o diretor do
Sindifisco paraense, Raimundo Pegado.
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