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sexta-feira, 25 de novembro de 2016

Artigo - Um governo que já nasceu podre. 

Roberto Ramalho é jornalista e relações públicas.

'Esse é o limite da dor que suporto, é hora de sair', afirmou Geddel ao pedir exoneração do cargo. A Carta de exoneração de Geddel Vieira Lima foi enviada via e-mail para Temer. O ex-ministro estava e está em Salvador. Em carta ele ainda exaltou o governo do presidente e terminou sua fala mandando um abraço 'ao grande amigo'.

Do ponto de vista macro se o ex-ministro Geddel Vieira Lima não sai do cargo, embora toda a articulação política do governo Temer já esteja contaminada. Semana que vem o governo precisa aprovar a PEC dos gastos para, posteriormente, poder encaminhar uma reforma da previdência. 

Com a sua exoneração, Geddel perde foro privilegiado e poderá ser processado no juízo de 1º grau.

Mesmo após o seu pedido de demissão, o presidente da Comissão de Ética da Presidência, Mauro Menezes, informou que o processo contra o ex-ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, continua. Segundo ele, uma eventual punição pelo colegiado teria como efeito uma mancha ética no currículo político do peemedebista.

Geddel saiu do governo depois de ser acusado de tráfico de influência pelo ex-ministro da Cultura Marcelo Calero. O pedido foi enviado por e-mail ao presidente Michel Temer.

Calero negou em nota que solicitou audiência com o presidente Michel Temer para gravar uma conversa no gabinete. Ele disse que nunca agiu de má-fé ou de maneira ardilosa. Calero ainda afirmou que cumpriu a obrigação de cidadão brasileiro no episódio que se tornou público.

Segundo o Portal UOL, a saída do ex-ministro da Secretaria de Governo Geddel Vieira Lima foi a sexta baixa no ministério do presidente Michel Temer nos pouco mais de seis meses em que o peemedebista está no poder. Desde maio, deixaram o governo os ex-ministros: Romero Jucá (Planejamento), Fabiano Silveira (Transparência), Henrique Eduardo Alves (Turismo), Fábio Osório (Advocacia Geral da União), Marcelo Calero (Cultura) e Geddel Vieira Lima (Secretaria de Governo).

Ainda de acordo com o UOL, todas as baixas no governo Temer têm um elemento em comum: a origem em supostos conflitos éticos, principalmente relacionados ao envolvimento de alguns deles nas investigações conduzidas pela Operação Lava Jato.

Verificam-se que problemas relacionados a operação Lava Jato derrubaram quatro dos seis ministros do governo Temer. A mais recente crise que se instalou no Palácio do Planalto, porém, não está relacionada à Lava Jato, mas à suposta pressão exercida por Geddel sobre Calero para a liberação de uma obra em Salvador. Confira o que levou à saída de cada um dos seis ministros que deixaram o governo Temer.

Geddel é um importante integrante do denominado “centrão”, formado por reacionários e conservadores.

A saída do ministro do governo Temer, Geddel Vieira Lima e as acusações contra o presidente Michel Temer estão em destaque nos principais jornais do mundo.

De acordo com o New York Times, Temer foi envolvido em um novo escândalo de corrupção depois que o ex-ministro da Cultura, Marcelo Calero, o acusou de fazer pressão para ajudar um aliado para liberar um prédio em Salvador, já que Geddel já havia comprado um apartamento no 29° andar que ainda não foi construído e que está na planta.

Já o diário francês Le Monde destaca a queda de Geddel como parte de um escândalo de corrupção no contexto da liberação de um projeto imobiliário e diz ainda que o episódio ameaça enfraquecer o governo Temer.

Por sua vez, a rede britânica BBC, destacou em sua página a acusação do ex-ministro da Cultura contra Temer. A BBC sustentou que o presidente foi acusado de  pressionar o ex-ministro a inicidir em práticas corruptas para liberar o prédio onde Geddel tem um apartamento.

Até onde aparecerão outros escândalos? Até quando esse governo podre se sustentará? Será que ruirá de vez quando vier a tona a delação premiada de Marcelo Odebrecht e demais diretores?

Com a palavra as instituições representativas da sociedade e As Forças Armadas.

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