Presidente Dilma afirma que as Olimpíadas será o centro de estratégias de ações contra o mosquito e Obama pede urgência na criação de uma vacina
Jornalista Roberto Ramalho
A presidenta Dilma Rousseff afirmou na terça-feira, quando participou em Quito (Equador), de uma reunião onde realizou-se o prólogo da IV Cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), que o país começará “um verdadeiro combate” ao vírus zika.
Disse ela na ocasião: "Se ainda hoje nós não temos uma vacina, temos certeza de que iremos ter, mas vai levar um tempo. A melhor vacina contra o vírus da zika é o combate de cada um de nós, do Governo, mas também da sociedade, eliminando todos os focos nos quais o mosquito vive e se reproduz".
O país colocará nos próximos dias 220.000 soldados do Exército nas ruas para ajudar no combate ao Aedes aegypti, que transmite o vírus.
Nos últimos dias, as ações do Governo federal contra o mosquito transmissor da dengue, zika vírus e chinkungunha, têm sido criticadas pelo próprio Ministro da Saúde, Marcelo Castro.
Ele afirmou que o país está perdendo a “guerra” contra o mosquito, numa declaração que gerou mal-estar no Governo.
Como se sabe o ministro é um integrante da bancada do baixo clero e foi indicado pelo PMDB.
Com medo do impacto que os casos de microcefalia podem ter nas Olimpíadas, o Governo federal afirmou que o Rio de Janeiro, sede dos jogos, será o centro de estratégias das ações contra o mosquito, afirmou o jornal O Globo.
O Centro de Controle de Doenças e Prevenção dos Estados Unidos (CDC, na sigla em inglês) recomendou que as grávidas evitem visitar países onde há infecção pelo zika, entre eles o Brasil, o que pode ter um grande impacto na presença de turistas nos jogos.
Praticamente todos os países Latino-americanos, EUA e alguns países europeus e africanos que confirmaram a transmissão da doença relacionadas ao mosquito Aedes aegypti.
A OMS diz que zika vírus atingirá até quatro milhões de pessoas nas Américas.
Obama pede às autoridades da saúde dos EUA uma resposta rápida ao zika vírus.
O diretor do Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas (NIAID, na sigla em inglês), Anthony Fauci, afirmou que já se está trabalhando em dois projetos de vacina contra o zika vírus.
Um deles é “uma vacina baseada no DNA que usa uma estratégia semelhante à empregada contra outro flavivírus, o vírus do Nilo Ocidental”, disse Anthony Fauci em uma teleconferência com jornalistas.
A segunda estratégia, segundo ele, é buscar uma vacina viva atenuada baseada no vírus da dengue.
Entretanto, apesar dos estudos “promissores” e do fato que os primeiros testes possam ser feitos antes do fim de 2016, Fauci alertou que “não haverá uma vacina efetiva amplamente disponível no mercado neste ano e nem provavelmente nos próximos”.
Opino que as Olimpíadas no Rio de Janeiro são muito mais importantes do que a crise econômica, a crise social e da falida saúde pública.
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