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Jornalista envolvido e preocupado com questões sociais e políticas que afligem nossa sociedade, além de publicar matérias denunciando pessoas ou entidades que praticam atos contra o interesse público e agindo, sempre, em defesa da sociedade.

domingo, 20 de julho de 2014



Artigo: A Operação Valquíria: o dia em que Hitler escapou do maior atentado a sua vida na história

Roberto ramalho é jornalista, blogueiro e pesquisador

Operação Valquíria relata os acontecimentos que antecederam a tentativa de assassinato contra Adolf Hitler, no dia 20 de julho de 1944. 

Tudo teve início com uma conspiração de militares alemães descontentes com o Führer, e a iniciativa tinha potencial de mudar os rumos da história e antecipar em meses o fim da Segunda Guerra Mundial. 

Ao todo foram meses de planejamento, até a elaboração do artefato explosivo, entre outros diversos detalhes fascinantes deste período sombrio da humanidade. 

Em 18 de julho de 1944, Philipp von Boeselager, jovem oficial alemão, liderou 1.200 cavaleiros da Wehrmacht. O objetivo era retomar a capital alemã e tirar o poder do Reich depois de um atentado contra o ditador sanguinário Adolf Hitler. 

A história deste complô dá-se da seguinte maneira: 

Interessante é que a Operação Valquíria resultou numa conspiração de filhos da burguesia ou da aristocracia, que começaram a apoiar lealmente o regime antes de integrarem a resistência. 

A decisão de entrar para a dissidência foi fruto de longo amadurecimento, e o fato de o complô ter seguido em frente, resultado de circunstâncias fortuitas, foi o encontro providencial com o carismático Henning Von Tresckow - um dos membros da resistência que pertencia ao centro do Exército - executado em 1944, aos 33 anos. 

Há registros históricos sobre 15 atentados contra a vida do fanático líder autoritário alemão, Adolf Hitler. Operação Valquíria retrata exatamente o último – e mais conclusivo – ocorrido a 20 de julho de 1944.

Hoje, portanto, estão sendo comemorados na Alemanha democrática exatamente 66 anos.

Mas o principal personagem foi o coronel Claus Von Stauffenberg.

No dia 20 de julho de 1944 o coronel Claus Von Stauffenberg, herói de guerra e que havia perdido um olho e uma mão, colocou uma bolsa com explosivos a menos de um metro de Adolf Hitler (ainda assim conseguiu armar e colocar a bomba) durante a realização de uma conferência no Quartel General do Führer em Rastenburg. 

Após Claus Von Stauffenberg ativar o explosivo, pouco tempo depois usou uma desculpa para sair da sala de conferências. Porém, um dos generais, sem saber do que se tratava afastou a bolsa involuntariamente de Hitler. 

A explosão aconteceu às 12h42, matando quatro das 24 pessoas na sala. Mas Hitler sobreviveu.

Em Berlim, os conspiradores comunicaram por telefone, por volta das 15 horas, convencidos do êxito da missão: "O Führer Adolf Hitler está morto".

Duas horas mais tarde, a notícia foi desmentida. 

Embora o artefato tenha explodido, uma incrível sucessão de casualidades e coincidências fizeram com que o ditador alemão saísse ileso do atentado. 

O golpe de Estado que logo depois se realizou em Berlim, também seria vítima da mesma fatalidade, estando condenado ao fracasso. 

O regime nazista nunca estivera tão perto de ser eliminado, mas, tal como o seu líder, sobreviveu milagrosamente. 

Existem muitos autores que escreveram sobre esse atentado, contando os detalhes do complô, seus personagens, tensões e dramas, conduzindo-nos até um lugar chamado Wolfsschanz (Toca do Lobo), onde vivia Hitler. 

Ao mesmo tempo, todos os seus autores descrevem a personalidade do principal autor do atentado contra Adolf Hitler, traçando um precioso retrato de Claus Von Stauffenberg e dos conjurados que se uniram na operação que poderia ter mudado a história do século XX.

Porém, ao contrário, o fracasso do atentado trouxe, como sequela, a mais prejudicial afirmação ao futuro dos alemães, que foi o fortalecimento da ideia de que era o destino que guiava o seu líder, Adolf Hitler. 

Tudo leva a crer que a sobrevivência de Hitler significou para o ditador um sinal divino. Ele mostrava suas calças rasgadas a todo o mundo, bem como o seu casaco com um enorme buraco nas costas, como se fossem provas palpáveis de que se "salvara milagrosamente" e que, portanto, era um escolhido, praticamente um “ser divino”.

A Operação Valkíria ainda traz fatos históricos importantes que contribuem para contextualização de pesquisadores, como, por exemplo, as manchetes dos principais veículos alemães e europeus no dia seguinte ao atentado, assim como outras histórias de atentados contra o Führer, além do pronunciamento de Hitler após o ataque dos conspiradores. 

Infelizmente para o mal da humanidade, a Operação Valkíria foi um inteiro fracasso.
A Operação Valquíria foi um dos muitos planos que os militares alemães tramaram para assassinar Hitler, e mais tarde aplicar um planejado golpe de Estado e tomar o poder na Alemanha nazista. 

Na mesma noite, Stauffenberg, Von Haeften, Von Quinheim e Friedrich Olbricht foram executados por alta traição ao Reich, e por atentarem contra a vida do Führer.

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