Confederação
Brasileira de Futebol anuncia que premiará cada jogador com R$ 500 mil pelo
ouro olímpico. Quanto a investimentos em educação, saúde e segurança pública:
nada!
Roberto Ramalho é jornalista e colunista do Portal RP-Bahia
A Confederação Brasileira de Futebol anunciou que vai pagar R$ 12 milhões de premiação à seleção pela conquista da medalha de ouro nos Jogos Olímpicos do Rio.
O valor
dado aos jogadores desconta os prêmios ofertados aos integrantes da comissão
técnica.
Enquanto
esses jogadores, que a grande maioria dos brasileiros chama de
"heróis", policiais civis, policiais militares, da polícia federal,
polícia rodoviária federal, força de segurança, servidores das áreas da saúde e
da educação em todos os estados e municípios, recebem salários aviltantes e
irrisórios para prestar um serviço de qualidade e eficiência à população.
Isso é
vergonhoso e só pode mesmo acontecer num país que não valoriza seus
professores, médicos, enfermeiros, assistentes sociais, psicólogos, policiais,
e demais membros de nível médio e fundamental das áreas da educação e saúde.
São esses
servidores que deveriam receber um salário justo e compatível no exercício de
suas funções. No entanto não recebem.
Porém, se
o povo prefere reverenciar esses jogadores e participar do circo – na conquista
da medalha de ouro os jogadores e toda a comissão técnica não fizeram mais do
que sua obrigação -, nunca seremos um País que valoriza a ciência, a educação,
a saúde e o avanço tecnológico.
Enquanto
houver um atleta chutando uma bola e outros utilizando do mesmo expediente em
outros esportes, como estivessem numa arena romana entretendo a massa ignara,
que em grande parte é culpada pela crise institucional e econômica que estamos
vivendo, nunca o Brasil será uma potência socioeconômica, tecnológica e militar.
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