Quem sou eu

Minha foto
Jornalista envolvido e preocupado com questões sociais e políticas que afligem nossa sociedade, além de publicar matérias denunciando pessoas ou entidades que praticam atos contra o interesse público e agindo, sempre, em defesa da sociedade.

segunda-feira, 22 de agosto de 2016

Confederação Brasileira de Futebol anuncia que premiará cada jogador com R$ 500 mil pelo ouro olímpico. Quanto a investimentos em educação, saúde e segurança pública: nada! 

Roberto Ramalho é jornalista e colunista do Portal RP-Bahia

A Confederação Brasileira de Futebol anunciou que vai pagar R$ 12 milhões de premiação à seleção pela conquista da medalha de ouro nos Jogos Olímpicos do Rio.

O valor dado aos jogadores desconta os prêmios ofertados aos integrantes da comissão técnica.

Enquanto esses jogadores, que a grande maioria dos brasileiros chama de "heróis", policiais civis, policiais militares, da polícia federal, polícia rodoviária federal, força de segurança, servidores das áreas da saúde e da educação em todos os estados e municípios, recebem salários aviltantes e irrisórios para prestar um serviço de qualidade e eficiência à população.

Isso é vergonhoso e só pode mesmo acontecer num país que não valoriza seus professores, médicos, enfermeiros, assistentes sociais, psicólogos, policiais, e demais membros de nível médio e fundamental das áreas da educação e saúde.

São esses servidores que deveriam receber um salário justo e compatível no exercício de suas funções. No entanto não recebem.

Porém, se o povo prefere reverenciar esses jogadores e participar do circo – na conquista da medalha de ouro os jogadores e toda a comissão técnica não fizeram mais do que sua obrigação -, nunca seremos um País que valoriza a ciência, a educação, a saúde e o avanço tecnológico.


Enquanto houver um atleta chutando uma bola e outros utilizando do mesmo expediente em outros esportes, como estivessem numa arena romana entretendo a massa ignara, que em grande parte é culpada pela crise institucional e econômica que estamos vivendo, nunca o Brasil será uma potência socioeconômica, tecnológica e militar.

Nenhum comentário:

Postar um comentário