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sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

Terroristas islâmicos são mortos pela Polícia francesa, após intensa perseguição, e presidente francês afirma que agora é momento de união contra o terrorismo

Jornalista Roberto Ramalho

Os dois irmãos Kouachi acabam de serem mortos durante o assalto à empresa onde os suspeitos do ataque à sede do "Charlie Hebdo" estavam barricados, na localidade de Dammartin-en-Goële, a norte de Paris.

Segundo as últimas informações, também houve mortos entre os reféns.

Segundo as principais Agências Internacionais noticiosas e, sobretudo, a Agência France Press, os dois irmãos terroristas estavam tentando escapar do cerco policial atirando a esmo com seus fuzis Kalashnikov e morreram após violento tiroteio, seguido de explosões.

Os irmãos Said Kouachi e Cherif Kouachi: franceses de origem argelina tinham sido treinados pela Al-Qaeda no Iemen.

O ataque aos insurgentes islâmicos representa uma vitória do Estado Democrático de Direito.

E nesta sexta-feira (9) um integrante do grupo, conhecido como Al Qaeda da Península Arábica (AQAP, na sigla em inglês) afirmou que foi a Al Qaeda no Iêmen quem dirigiu o ataque contra o jornal satírico francês "Charlie Hebdo" em Paris. Disse o integrante do grupo: "A liderança da AQAP dirigiu as operações e escolheu seu alvo cuidadosamente", sentenciou.

Segundo o integrante do grupo, que forneceu à agência Associated Press uma declaração em inglês, o massacre de 12 pessoas no jornal, conhecido por zombar das religiões, foi "uma vingança pela honra" do profeta Maomé.

Em uma outra ação separada, um homem identificado como Amedy Coulibaly, 32 anos, que manteve reféns em um supermercado kosher em Port de Vincennes, no leste de Paris, também foi morto. De acordo com o procurador de Paris, François Molins, o sequestrador matou quatro reféns de origem judaica antes de a polícia entrar no local e conseguir mata-lo.

Em pronunciamento feito à Nação, após o sucesso da operação policial, o presidente francês François Hollande pediu união após os ataques de Paris, afirmando que a "França enfrentou, mas ainda não acabou" com as ameaças.

Hollande conclamou o povo francês a se unir e “permanecer vigilante”, alertando para os perigos do ódio religioso no país.

Disse ele no discurso à Nação: “Fanáticos, que nada têm a ver com a religião islâmica, realizaram um deplorável ato antissemita em Porte de Vincennes, afirmou.

E completou: “Conclamo cada homem e mulher da França a se levantar em defesa dos valores da democracia e da liberdade, ideais que são muito maiores que os atos de violência”.

Em discurso, o presidente dos EUA, Barack Obama, destacou os "valores universais" que unem os EUA e a França, assegurando aos franceses que os norte-americanos estão "do seu lado".


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