Terroristas
islâmicos são mortos pela Polícia francesa, após intensa perseguição, e
presidente francês afirma que agora é momento de união contra o terrorismo
Jornalista
Roberto Ramalho
Os dois irmãos Kouachi acabam de serem mortos
durante o assalto à empresa onde os suspeitos do ataque à sede do "Charlie
Hebdo" estavam barricados, na localidade de Dammartin-en-Goële, a norte de
Paris.
Segundo as últimas informações, também houve mortos
entre os reféns.
Segundo as principais Agências Internacionais
noticiosas e, sobretudo, a Agência France Press, os dois irmãos terroristas
estavam tentando escapar do cerco policial atirando a esmo com seus fuzis
Kalashnikov e morreram após violento tiroteio, seguido de explosões.
Os irmãos Said Kouachi e Cherif Kouachi: franceses
de origem argelina tinham sido treinados pela Al-Qaeda no Iemen.
O ataque aos insurgentes islâmicos representa uma
vitória do Estado Democrático de Direito.
E nesta sexta-feira (9) um integrante do grupo,
conhecido como Al Qaeda da
Península Arábica (AQAP, na sigla em inglês) afirmou que foi a
Al Qaeda no Iêmen quem dirigiu o ataque contra
o jornal satírico francês "Charlie Hebdo" em Paris. Disse o
integrante do grupo: "A liderança da AQAP dirigiu as operações e escolheu
seu alvo cuidadosamente", sentenciou.
Segundo o integrante do grupo, que forneceu à
agência Associated Press uma declaração em inglês, o massacre de 12 pessoas no
jornal, conhecido por zombar das religiões, foi "uma vingança pela
honra" do profeta Maomé.
Em uma outra ação separada, um homem identificado
como Amedy Coulibaly, 32 anos, que manteve reféns em um supermercado kosher em
Port de Vincennes, no leste de Paris, também foi morto. De acordo com o
procurador de Paris, François Molins, o sequestrador
matou quatro reféns de origem judaica antes de a polícia entrar no
local e conseguir mata-lo.
Em pronunciamento feito à
Nação, após o sucesso da operação policial, o presidente francês
François Hollande pediu união após os ataques de Paris, afirmando que a
"França enfrentou, mas ainda não acabou" com as ameaças.
Hollande conclamou o povo francês a se unir e
“permanecer vigilante”, alertando para os perigos do ódio religioso no país.
Disse ele no discurso à Nação: “Fanáticos, que nada
têm a ver com a religião islâmica, realizaram um deplorável ato antissemita em
Porte de Vincennes, afirmou.
E completou: “Conclamo cada homem e mulher da
França a se levantar em defesa dos valores da democracia e da liberdade, ideais
que são muito maiores que os atos de violência”.
Em discurso,
o presidente dos EUA, Barack Obama, destacou os "valores universais"
que unem os EUA e a França, assegurando aos franceses que os norte-americanos
estão "do seu lado".
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