Atentado terrorista
contra jornal de sátira francês mata 12 pessoas
Jornalista Roberto
Ramalho com Agências Internacionais
Está
confirmado pelas principais Agências de Notícias internacionais que 12 pessoas
foram mortas durante um tiroteio nesta quarta-feira em Paris, nas instalações
do jornal satírico francês Charlie
Hebdo.
Os
autores do ataque estão em fuga e está em curso uma operação policial para detê-los,
inclusive com a participação das Forças Armadas.
Entre
as vítimas estão o diretor da publicação, Stephane Charbonnier, conhecido como
Charb, e outros membros do grupo de fundadores, Georges Wolinski e Jean Cabut,
que assinava como Cabu, segundo fontes policiais citadas pela imprensa local.
Também
estão confirmadas a autoria da morte de dois agentes da polícia pela
procuradoria da capital francesa. Para além dos 12 mortos há ainda oito mortos,
dos quais quatro em situação grave revelou o ministro do Interior, Bernard
Cazeneuve, que também referiu terem sido três os autores do ataque e não dois
como chegou a ser revelado anteriormente.
O
atentado ocorreu perto das 11h30, hora de Paris, quando dois homens armados
começaram a disparar no interior da sede do jornal satírico Charlie Hebdo, que em 2011 foi
alvo de um outro ataque.
De
acordo com uma fonte citada pela Agência France Press (AFP) terá sido dois
homens “armados com um fuzil Kalachnikov e um lança foguetes” a disparar perto de
"50 tiros", de acordo com algumas testemunhas.
Novas
informações dão conta, porém, que os procurados são três terroristas e estão
fortemente armados.
Os
homens, com a cara coberta, entraram no edifício, localizado numa rua
movimentada do centro de Paris, quando decorria a reunião semanal da equipe do
jornal, descreveu o jornalista Benoit Bringer à rádio France Info.
“Alguns
minutos depois, ouvimos muitos tiros”, disse Bringer.
Fontes
policiais disseram à AFP que os atacantes gritavam em árabe "vingámos o
profeta!" enquanto disparavam.
Antes
de fugirem, os homens trocaram tiros com alguns agentes da polícia, matando um
deles, segundo a France 24.
Pouco
depois, abandonaram o carro em que seguiam em Pantin, um subúrbio no Nordeste
de Paris, e continuam em fuga, de acordo com a polícia.
Ainda
não são conhecidas as motivações que estão por trás deste ataque.
O
ataque coincidiu com a publicação da nova edição do Charlie Hebdo, que inclui um cartoon
do diretor, Charb, que se revelou premonitório. "Ainda não houve atentados
em França. Esperem. Temos até ao fim de Janeiro para os nossos desejos [de Ano
Novo]"
Os
principais chefes de Estado e de Governo da Europa e do mundo condenaram o
atentado.
O
papa se pronunciou e afirmou que esse ato terrorista era abominável.
Mais
detalhes à noite.
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