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Jornalista envolvido e preocupado com questões sociais e políticas que afligem nossa sociedade, além de publicar matérias denunciando pessoas ou entidades que praticam atos contra o interesse público e agindo, sempre, em defesa da sociedade.

quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Estado paga salário de janeiro aos servidores nessa sexta-feira, 30

Jornalista Roberto Ramalho

O Governo do Estado de Alagoas informou por intermédio da Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz), que os rendimentos dos servidores públicos estaduais referentes a janeiro serão pagos nessa sexta-feira, 30.

Nesta data deverão ser liberados os vencimentos de até R$ 2.226, que correspondem a mais de 60% do total de servidores ativos e inativos do Estado.

Segundo o cronograma da Sefaz, a segunda faixa salarial, de vencimentos acima de R$ 2.226, será paga no dia 11 de fevereiro (quarta-feira).

Corria boatos de que o governo só liberaria após o dia 10 de fevereiro em razão de mudança na data de pagamento.


Esses boateiros deveriam ser presos por divulgarem informações falsas e mentirosas.

quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Artigo – Por que Renan Filho precisa da Lei Delegada?

Roberto Ramalho é advogado e jornalista

Segundo a Constituição Federal de 1988 em seu artigo 59, o processo legislativo compreende a elaboração de:

I - emendas à Constituição;

II - leis complementares;

III - leis ordinárias;

IV - leis delegadas;

V - medidas provisórias;

VI - decretos legislativos;

VII - resoluções.

A Lei Delegada é ato normativo, elaborado e editado pelo presidente da República por delegação expressa do Congresso Nacional através de resolução, depois de prévia solicitação do chefe do Poder Executivo.

Assim sendo, a resolução do Congresso Nacional que delegar competência ao presidente da República para editar uma lei especificará o seu conteúdo e os termos do seu exercício, nos termos do artigo 68, §2º.

A lei delegada tem sua natureza jurídica igual às demais previstas no artigo 59 da Constituição Federal.

Contudo, nem todas as matérias são passíveis de delegação legislativa ao presidente da República. As vedações estão explicitadas no artigo 68, §1º, incisos I ao III.

São as seguintes: os atos de competência privativa da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal; a matéria reservada à lei complementar; a legislação sobre: a) organização do Poder Judiciário e do Ministério Público, a carreira e a garantia de seus membros; b) nacionalidade, cidadania, direitos individuais, políticos e eleitorais; c) planos plurianuais, diretrizes orçamentárias e orçamentos.

Dessa forma se observa que é bastante reduzida a possibilidade de edição de lei delegada pelo presidente da República mesmo porque é constante o uso das Medidas Provisórias que estão sendo utilizadas abusivamente pelo Poder Executivo, sem as limitações estabelecidas pela lei delegada.

§ 2º - A delegação ao Presidente da República terá a forma de resolução do Congresso Nacional, que especificará seu conteúdo e os termos de seu exercício.

§ 3º - Se a resolução determinar a apreciação do projeto pelo Congresso Nacional, este a fará em votação única, vedada qualquer emenda.

Leis Delegadas são normas elaboradas pelo Presidente da República, mediante delegação do Congresso Nacional.

De acordo com a Constituição estadual também o governador de Alagoas pode requerer da Assembleia Legislativa que delegue poderes para fazer, por exemplo, uma reforma administrativa, que é a sua intenção.

A Constituição Federal não permite que o governador faça uso de Medidas Provisórias, já que se trata de uma prerrogativa exclusiva do presidente da República.

Todavia, como o governador Renan Filho terá maioria folgada de votos na Assembleia Legislativa gerida pela Mesa Diretora que será eleita agora em fevereiro, cujo presidente será o deputado Luís Dantas (PMDB), e como Vice—presidente, o deputado Ronaldo Medeiros (PT), é praticamente certa a autorização para que o mandatário do Palácio República dos Palmares faça uso desse instrumento legal, sem nenhum problema e possa assim adotar as reformas que lhe são necessárias para poder governar sem problemas, inclusive podendo fazer o remanejamento de verbas de uma Secretaria para outra.


segunda-feira, 26 de janeiro de 2015



Morre o famoso cantor grego Demis Roussos, aos 68 anos, informa a Agência de Notícias Efe.

Jornalista Roberto Ramalho

Morreu o artista Demis Roussos, que antes de fazer sucesso em carreira solo, pertenceu ao grupo Aphrodite's Child.

De acordo com as informações são da Agência Efe o cantor grego Demis Roussos morreu na noite de sábado (24), aos 68 anos, em Atenas, na Grécia, disse sua família nesta segunda.

Emily, a filha do famoso músico conhecido, confirmou a notícia ao jornal francês "Le Figaro".

Segundo a Agência de Notícias France Presse, ele morreu em um hospital particular. "Depois de ficar internado por um longo tempo no Hospital Igia, o conhecido artista Demis Roussos faleceu", diz a nota.

Demis Roussos, que construiu grande parte de sua popularidade na França, inicialmente se destacou como integrante do grupo Aphrodite's Child e, depois, com sua carreira solo na década de 1980.

Ele também fez parte de grupos como We Five e the Idols durante os anos 60, antes de se tornar o vocalista do Aphrodite's Childs, onde ficou marcado pelo timbre e potência de sua voz.

Seu último álbum foi lançado em 2009. Afastado da vida artística, fez sua última aparição pública em setembro de 2013, e recebeu do embaixador da França em Atenas a Ordem de Cavaleiro da Legião de Honra.

Demis Roussos também cantou uma das versões da popular música composta e cantada por Luiz Gongaza, “Asa Branca

domingo, 25 de janeiro de 2015

Estado Islâmico executa um dos japoneses sequestrados pelo grupo.

Jornalista Roberto Ramalho

Segundo um vídeo enviado as autoridades japonesas,  Haruna Yukawa, um homem de 42 anos que aparentemente viajou à Síria para montar uma empresa militar privada foi morto por degolamento.

A afirmação foi feita por uma fonte de um grupo do Estado Islâmicoe confirmado pelo o Site, portal norte-americano que monitora o movimento jihadista.

Segundo o portal, o EI fez com que o outro refém, Kenji Goto, mostrasse as imagens da decapitação e implorasse por sua vida. Ainda de acordo com o Site, Goto faz novos pedidos dos extremistas para ser salvo.

Logo em seguida ao anúncio, o governo do Japão criticou fortemente o suposto áudio postado na internet. O primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, qualificou de "ato violento e imperdoável" a execução e pediu a libertação imediata de Goto.

Na última terça-feira (20) a organização terrorista Estado Islâmico publicou uma vídeo-mensagem dizendo que iria matar dois reféns japoneses se o governo do Japão não pagasse 200 milhões de dólares em 72 horas.

O prazo se esgotou e um dos reféns acabou sendo morto pelo EI.

Os dois japoneses sequestrados pelo Estado Islâmico são Kenji Goto Jogo, um jornalista de 47 anos, e Haruna Yukawa, um homem de 42 anos, que estava na Síria ajudando os combatentes que são contrários ao Estado Islâmico.

Nesta quinta-feira o primeiro-ministro japonês Shinzo Abe havia afirmado que Tóquio não iria pagar para resgatar os reféns.

E o presidente americano, Barack Obama, condenou neste sábado (24) o assassinato de um refém japonês pelo grupo Estado Islâmico (EI), embora a execução ainda não tenha sido confirmada oficialmente pelo governo do Japão.

Obama disse em um comunicado, referindo-se à organização jihadista que "Os Estados Unidos condenam firmemente o assassinato brutal do cidadão japonês Haruna Yukawa por esse grupo terrorista".


sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

Artigo - A violência em Alagoas e em Maceió, e seu conceito sociológico e ideológico

Roberto Ramalho é advogado, jornalista e blogueiro

Um estudo recente do Conselho Cidadão para a Segurança Pública e Justiça Penal, uma Organização Não Governamental (ONG) do México, informa que Maceió passou a ser considerada a 2ª cidade mais violenta do Brasil. No mesmo estudo divulgado em 2014, a capital alagoana apresentava o maior número de homicídios no país.

A primeira capital brasileira recordista em homicídios agora é João Pessoa capital da Paraíba com índice de 79,41 homicídios por 100 mil habitantes.

O ranking do órgão é feito com base no número de homicídios da cidade em proporção à população. Em 2013, Maceió liderou o ranking com uma taxa de 79,76 homicídios a cada 100 mil habitantes. Neste ano, essa taxa foi de 72,91, uma redução ainda bastante ínfima.

Segundo informa o Portal G1, citando a pesquisa, no ranking mundial, Maceió caiu da 5ª para a 6ª colocação entre as cidades mais violentas. Quem lidera a lista é a cidade de San Pedro Sula, em Honduras, com uma taxa de 171,20 homicídios a cada 100 mil habitantes. Em 2014, como em 2013, Caracas e Acapulco, no México, ocuparam as posições 2 e 3, com taxas de 115,98 e 104,16 homicídios por cada 100 mil habitantes, respectivamente.

De acordo com o Portal G1, ainda no ranking das 50 cidades mais violentas do mundo, constam na lista 19 cidades brasileiras. Além de Maceió e João Pessoa, estão: São Luiz, com taxa de 64,71, Natal com taxa de 63,68, Vitória, com índice de 57, Cuiabá com 56, 46,  Salvador e Região Metropolitana de Salvador com índice de 54,31, Belém com 53,06, Teresina com 49,49, Goiânia com taxa de 44,82, Recife com 39,05, Campina Grande com 37,97, Manaus teve 37,07, Porto Alegre com 34,65, Aracaju com taxa de 34,19, Belo Horizonte apresentou 33,39, Curitiba teve 31,48 e Macapá com 28,87.

Creio que o governador de Alagoas, Renan Filho, conseguirá reduzir ainda mais os índices de violência no Estado.

Além de ter a frente da Secretaria de Defesa Social um Promotor de Justiça que já está demonstrando serviço e competência, Dr. Alfredo Gaspar Neto, e de ter nomeado uma equipe sob o comando do coronel Lima Junior, para a Polícia Militar, que agradou e está agradando os alagoanos, e havendo a implantação de uma política de combate ao crime organizado como um todo orgânico, acredita-se que em pouco tempo a situação da violência deverá melhorar em termos de uma ação exemplar e encorajadora por parte de seus membros.

Porém, faz-se necessário e com urgência, a realização de novo concurso para o ingresso de novos praças na Polícia Militar.

Atualmente a Polícia Militar tem um contingente de pouco mais de sete mil membros entre soldados, cabos, sargentos, tenentes, capitães, majores, tenente-coronel e coronel.

Além de o contingente ser insuficiente, ainda existe a preocupação em relação aos membros da Corporação que estão afastados por motivo de doença, aliado àqueles que estão para se aposentar.

Para Michaud (1989), a violência ocorre quando, em uma situação de interação, um ou vários autores agem de maneira direta ou indireta, maciça ou esparsa, causando danos a uma ou mais pessoas em graus variáveis, seja em sua integridade física, seja em sua integridade moral, em suas posses, ou em suas participações simbólicas e culturais.

Candau (1999) diz que a marca constitutiva da violência seria a tendência à destruição do outro, ao desrespeito e à negação do outro, podendo assim ocorrer no plano físico, psicológico ou ético.

Violência é um termo que deriva do latim violentia significando vis, força e vigor, e em sentido amplo, é qualquer comportamento ou conjunto de comportamentos que visem causar dano à outra pessoa, ser vivo ou objeto. No sentido amplo nega-se autonomia, integridade física ou psicológica e mesmo a vida do outro. É o uso excessivo da força, além do necessário ou esperado.

Na verdade violência constitui uma violação dos direitos humanos e um fenômeno de caráter multidimensional, que requer a implementação de políticas públicas amplas e articuladas nas mais diferentes esferas da vida social, notadamente nas áreas da segurança pública, educação, trabalho, saúde, assistência social, entre outras.

Em relação às dimensões consideradas, com ênfases da política temos: violência em geral contra a população indefesa, violência doméstica, violência sexual, tráfico de drogas, tráfico de mulheres, violência institucional (mulheres em situação de prisão), exploração comercial sexual de mulheres adolescentes/jovens, entre outros.

Os elementos identificados reação frente às questões sociais, e atitude de revolta podem ser entendidos através da fala de Minayo (2006, p. 17) como sendo "[...] a expressão de crises sociais que levam a população mais atingida negativamente, à revolta frente à sociedade ou ao Estado que não conseguem lhe dar respostas adequadas".

E completando o raciocínio, o indivíduo deseja e quer participar dos fluxos de consumo conforme bem diz Wieviorka (1997), e, por não consegui-lo se sente frustrado e, portanto, não é reconhecido pela sociedade.

Tem-se, portanto, que os elementos de reação frente às questões sociais, juntamente com atitude de revolta e caos entre as pessoas se ancoram, sobretudo, também, produzido a partir de causas sociais.

Assim sendo percebe-se o quanto o indivíduo é afetado pela dinâmica social e política, e que a violência surge, também como sintoma do desamparo do Estado, dos prejuízos do sistema capitalista que ainda é selvagem em nosso país, e que ainda geram desigualdades sociais, aliada a falta de uma política para o bem comum.

As causas da violência, também podem ser identificadas pela má distribuição de renda, desigualdade social, desemprego, descaso e corrupção dos políticos.

Concluindo, a polícia representa o aparelho repressivo do Estado como já afirmava Louis Althusser, que tem sua atuação pautada no uso da violência legítima.  É essa a característica principal que distingue o policial do marginal. Entretanto, essa violência legítima está ancorada no modelo de “ordem sob a lei”, isto é, a polícia tem a função de manter a ordem, prevenindo e reprimindo crimes. Todavia, insisto que ela tem que atuar sob a lei, dentro dos padrões de respeito aos direitos fundamentais do cidadão, como direito à vida e à integridade física do ser humano. 

Referências

MINAYO, M.C. S. O conceito de Representações Sociais dentro da Sociologia Clássica. In: GUARESCHI, P. A; JOVCHELOVITCH, S. (Orgs). Textos em representações sociais. 2ª ed. Rio de Janeiro: Vozes, 1995, p.108, 110.         

WIEVIORKA, M. O novo paradigma da violência. Tempo Social: Revista de Sociologia da USP, n. 9, p.5-6, 1997.


quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

Fórum do município do Maranhão é incendiado após Juiz negar cassação de prefeito

Jornalista Roberto Ramalho

Fórum do município de Buriti (MA) foi incendiado por um grupo de moradores.

Eles se revoltaram depois que do juiz Jorge Antônio Sales Leite tomou a decisão de negar o pedido de cassação do prefeito Rafael Mesquita Brasil (PRB) e de seu vice, Raimundo Nonato Mendes Cardoso, o “Raimundo Camilo”, também do PRB.

O prefeito é acusado de compra de votos nas eleições de 2012 e de improbidade administrativa por falta de prestação de contas durante sua gestão.

O assunto foi destaque nos principais noticiários das principais redes de televisão.


A prática de improbidade administrativa vem revoltando a população em todos os cantos desse país e, se continuar assim, em breve pode acontecer o pior: uma intervenção militar para fazer com que a Constituição e o Estado Democrático de Direito sejam respeitados.

quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Empresas varejistas são multadas por prática de venda casada

Jornalista Roberto Ramalho

O Ministério da Justiça multou em R$ 28,99 milhões as principais redes varejistas por práticas abusivas na venda de produtos e serviços.

Magazine Luiza, Casas Bahia e Ponto Frio (Globex) foram multadas em R$ 7,25 milhões, cada uma, por comercializarem seus itens em conjunto com seguros e outros serviços sem consentimento do consumidor.

Já as redes Ricardo Eletro, Lojas Insinuante e Fast Shop, por sua vez, receberam multas de R$ 2,41 milhões, cada. 

Nessa relação está faltando a Rede Wal-Mart (Bompreço), o Extra, e outros grandes conglomerados.

Enquanto isso as empresas de cartões de crédito cobram fortunas de encargos financeiros aos seus clientes e o governo federal via Banco Central faz de conta que não ver.


terça-feira, 20 de janeiro de 2015

MEC impõe mais rigor contra a abertura de cursos jurídicos

Jornalista Roberto Ramalho

O Ministério da Educação aumentou o rigor para a abertura de novos cursos de direito.

Esses cursos terão que ter nota 4 no conceito de curso, resultado de uma avaliação que analisa fatores como infraestrutura e qualificação do corpo docente.

Isso significa que uma Faculdade ou Universidade deva ter um universo bem grande de professores com Mestrado e Doutorado.

Hoje, a nota exigida pelo MEC é 3, numa escala que vai de 1 a 5. 

As regras foram definidas em portaria publicada em dezembro e valem para os 89 pedidos que aguardam parecer da pasta. 


Enquanto isso, aqui em Alagoas, tem umas faculdadizinhas que não têm nenhuma condição de funcionar.


Começaram, ontem (19.01.15), as inscrições para o preenchimento de 205 mil vagas do Sisu. As inscrições vão até essa quinta-feira

Jornalista Roberto Ramalho

Começaram ontem (19.01.2015) as inscrições para o Sisu (Sistema de Seleção Unificada).

Podem participar os estudantes que fizeram o Enem de 2014 e não tiraram nota zero na redação, que teve mais de 500 mil estudantes tirando nota zero em redação. 

As inscrições são feitas pelo site www.sisu.mec.gov.br até a próxima quinta-feira. 

O Sisu é o sistema do Ministério da Educação que oferece vagas em cursos de nível superior em instituições públicas de todo o país. 

Ao todo são 205.514 vagas no ensino superior público em 5.631 cursos de 128 instituições.

A maioria das vagas está na Região Nordeste. 

Os cursos mais procurados são Pedagogia, Medicina e Direito.

sexta-feira, 16 de janeiro de 2015



Artigo - As cobranças exorbitantes, extorsivas e abusivas por parte de Bancos e Operadoras de Cartão de Crédito ao consumidor final, e pelos Bancos a servidores públicos pelo não repasse dos créditos consignados


Roberto Ramalho é advogado, jornalista e relações públicas


Dívidas vencidas há mais de três meses estão assustando o Banco Central e levando o Sistema Financeiro a reservar cerca de R$ 120 bilhões no caixa para cobrir eventuais prejuízos. 


Nos cartões de crédito, atrasos no pagamento das faturas já superam o índice de 30%, sobretudo depois que o Banco Central aumentou a Taxa de Juros Selic para quase 13% anuais, fazendo com que os bancos reduzam facilidades a seus clientes. 


As famílias já começam a colocar um freio no ritmo de consumo, conforme indicaram os últimos dados do Produto Interno Bruto (PIB) divulgado pelo IBGE recentemente.


No total, consumidores e empresas já devem aos bancos e financeiras um total de cerca de R$ 80 bilhões em prestações vencidas há mais de três meses, maior valor desde fevereiro de 2010. 


O que realmente chamou a atenção de técnicos do Banco Central foi o ritmo de aumento dos atrasos de 15 a 90 dias no pagamento de parcelas de empréstimos e financiamentos por pessoas físicas. 


Os estudos apontam que excluídos os financiamentos habitacionais, o calote saltou de algo em torno de 6%, em para 6,8%. Desde setembro do ano passado, o tamanho dessa inadimplência supera o das parcelas vencidas acima de 90 dias, que subiu para 6,8% em novembro de 2014, o que não acontecia desde 2005. 


O problema é que o grande volume de dívidas vencidas em até 90 dias tende a se converter em atraso maior, refletindo nos índices acima de 90 dias, de maior dificuldade de recebimento.


A conta é simples de se fazer. O aumento mais acelerado das provisões feitas pelos bancos para créditos duvidosos é um movimento preventivo, devido à possibilidade de a inadimplência aumentar mais à frente. 


Nesse momento, as taxas de juros estão ascendentes, o custo de captação aumentou significando risco maior.


É preciso lembrar que em 2008 e 2009, os bancos, em especial os públicos, como Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal, escancararam as torneiras do crédito para evitar o aprofundamento da recessão econômica, sem muito monitoramento do risco, amenizado pelo crescimento da economia. 


Agora a hora é de maior seletividade, o que implica um monitoramento maior em face, sobretudo, de não ter havido crescimento do PIB em 2014.


Segundo dados do IBGE, os maiores índices de calote das famílias estão nos financiamentos de veículos e de eletrodomésticos e nos cartões de crédito. O que demonstra o excesso de sede com que os consumidores foram às compras, assumindo prestações mensais com o orçamento já apertado.

O estudo mostra que o atraso de 15 a 90 dias no pagamento de carros e nos carnês das lojas chegou a patamares que superamos 8%, retornando aos patamares do primeiro semestre de 2009, quando o mundo e o Brasil haviam sido abatidos pela crise mundial. 


Com um total de R$ 100 bilhões em compras e em faturas vencidas nos cartões de crédito, os consumidores também estão se enrolando na hora de honrar os compromissos assumidos. 


No começo do ano passado, algo em torno de 27% dessa dívida estavam vencidos há mais de três meses. O que tornou inviável e mais dramático manter essa dívida sem quitá-la.


Assim sendo, os encargos financeiros cobrados pelas operadoras de cartões de crédito no geral está custando, em média de 13% a 18% ao mês.


O problema não está somente na falta de pagamento pelos consumidores. Está também, no caso específico dos cartões de crédito, na cobrança exorbitante, extorsiva e abusiva dos encargos financeiros sobre o montante da dívida.


O Banco Central do Brasil, quando regulamentou a situação dos cartões de crédito, sequer tocou ou mencionou qualquer modificação em relação à taxa de encargos incidente sobre o total da dívida vencida e viscenda.


Sobre o atraso nos pagamentos nos empréstimos aos bancos, quem negociou para descontar em folha salarial não tem como escapar, ou seja, todo mês, em determinado dia acordado com a instituição bancária, é descontado aquele valor acertado, não existindo nenhuma possibilidade para haver calote. 


Porém, Estados e municípios não estão repassando os valores já descontados dos servidores, acarretando cobrança e ameaças.


As Instituições financeiras jamais poderiam cobrar dos servidores o não repasse dos créditos consignados. Cabe a elas acionar juridicamente os Estados e municípios para que cumpram com essa obrigação.
                                             

Todavia, existem dispositivos do Código de Defesa do Consumidor que não permitem em hipótese alguma que ele (consumidor final) pague dívidas com encargos financeiros e juros tão exorbitantes, abusivos e extorsivos como vem pagando atualmente, inclusive sofram cobranças insistentes, principalmente através de cartas de cobrança ameaçadoras ou por telefonemas por meio das denominadas empresas de telemarketing, , até por SMS e e-mail, causando-lhe problemas em relação a sua reputação, já existindo inúmeras decisões desses Juizados Especiais Cíveis e Criminais condenando Bancos, Instituições Financeiras e Administradoras de Cartões de Crédito, e pelos Tribunais Superiores, existindo farta jurisprudência sobre o assunto.