‘Marcha da Família com Deus pela Liberdade’ fracassa em todo o país
Jornalista
Roberto Ramalho
Exatamente cinquenta anos depois da primeira ‘Marcha
da Família com Deus pela Liberdade’, um movimento de tendência ultraconservadora e deflagrado em 19 de março de 1964, em São Paulo,
contra o presidente João Goulart, e que terminou com sua deposição em 31 de
março do mesmo ano, em pelo menos 15 capitais, neste sábado (22), foi um total
fracasso.
No Rio de Janeiro, cerca de 150 pessoas, vestindo
camisetas pretas, caminharam da Candelária à Cinelândia, no Centro da cidade,
carregando cartazes, pedindo a volta dos militares ao poder.
Em São Paulo, os adeptos do movimento se reuniram
na Praça da República com o objetivo de relembrar a marcha anticomunista e de
apoio ao golpe militar realizada há 50 anos.
Um dos
organizadores da nova marcha, o fotógrafo Bruno Toscano Franco, neto e filho de militares, disse
que está sendo vítima de um "assassinato de reputações" na internet,
desde concedeu uma entrevista à TV Folha a favor da intervenção militar,
afirmando que o país está novamente dando uma guinada para o comunismo, ao
mesmo tempo em que afirma que a corrupção no país está incontrolável, atacando
a classe política.
Em parte até
concordo com ele sobre os atuais políticos e a prática de corrupção. Porém, é
um exagero afirmar que o país caminha para o comunismo.
Para se ter uma
ideia nunca às instituições financeiras ganharam tanto dinheiro nesse país,
além das indústrias e o comércio terem batido recorde de vendas de carros,
caminhões, motos, geladeiras, fogões, televisores, e outros bens de uso e de
interesse da população.
Além do mais, nossas
Forças Armadas receberam equipamentos dos mais variados tipos, entre blindados, aviões, helicópteros, e
navios de última geração, principalmente no governo do Partido dos
Trabalhadores e seus aliados do PMDB, PP, PDT, e mais de 20 partidos políticos,
embora sejam nanicos.
A prova de que o
país começa a mudar foi à punição aos envolvidos no processo denominado de ‘mensalão’,
com a participação de deputados de vários partidos políticos, e principalmente
envolvendo petistas.
Embora a pena dada
pelo STF tenha sido branda em face de não ter considerado prática de formação
de quadrilha e de lavagem de dinheiro para alguns políticos, ainda assim foram
punidos e ficaram desmoralizados.
O problema agora é
recuperar o dinheiro desviado, cabendo aos ministérios públicos federal e
estaduais um esforço para que isso seja possível.
As instituições
estão funcionando, principalmente aquelas que têm o dever de fiscalizar, de
prender e de punir os corruptos e bandidos que zombam do povo de nosso país.
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