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Jornalista envolvido e preocupado com questões sociais e políticas que afligem nossa sociedade, além de publicar matérias denunciando pessoas ou entidades que praticam atos contra o interesse público e agindo, sempre, em defesa da sociedade.

segunda-feira, 29 de julho de 2013

Papa Francisco pede uma Igreja mais próxima do povo e diz que homossexuais não devem ser discriminados

Jornalista Roberto Ramalho

O Papa Francisco defendeu uma igreja mais próxima como melhor remédio contra a perda de fiéis no Brasil, sobretudo diante do avanço das denominações evangélicas.

Em entrevista transmitida pelo programa "Fantástico", da Rede Globo de Televisão, o pontífice afirmou que a Igreja Católica precisa ser como uma mãe que "dá carinho, beija, toca, ama". 

De acordo com o Sumo Pontífice, quando a igreja, "ocupada com mil coisas [...], só se comunica com documentos", age "como uma mãe que se comunica com o filho por carta". "Nem você nem eu conhecemos nenhuma mãe por correspondência”, disse.

O pontífice estava sendo questionado especificamente sobre a perda de fiéis para as igrejas evangélicas. Francisco reforçou, contudo, não conhecer "a vida no Brasil para dar respostas" e que "não saberia explicar esse fenômeno (a perda de fiéis)".

Preferiu usar um exemplo da terra natal e contou a história de uma fiel argentina que, numa região "há 20 anos sem sacerdote", começou a "ter raiva" da Igreja Católica e a frequentar cultos evangélicos. Francisco disse que a mesma mulher, ainda assim, escondia uma imagem da Virgem Maria no armário, longe dos olhos do pastor.

Francisco também explicou a atitude que toma em relação a sua segurança.

“Eu não sinto medo. Sei que ninguém morre de véspera. Quando acontecer, o que Deus permitir, será. Eu não poderia vir ver este povo, que tem um coração tão grande, detrás de  uma caixa de vidro. As duas seguranças (do Vaticano e do Brasil) trabalharam muito bem. Mas ambas sabem que sou um indisciplinado nesse aspecto.”

A entrevista foi concedida com exclusividade ao jornalista Gerson Camarotti, que já escreveu um livro sobre o papa, tendo acertado quem seria o escolhido para o pontificado.
E numa das mais longas entrevistas já concedidas por um Papa (uma hora e 20 minutos), sem perguntas pré-selecionadas, o Pontífice Francisco fez declarações surpreendentes que deixaram os vaticanistas (jornalistas especializados sobre o Vaticano)  boquiabertos.

De pé na classe econômica, no voo de retorno a Roma, indiferente às turbulências que chacoalhavam o avião, ele defendeu veementemente os homossexuais, afirmando que “eles não devem ser discriminados e devem ser integrados na sociedade”.

Ironizou ainda quem diz que tem gay no Vaticano, dizendo que esse não é o problema e que ainda não viu ninguém com “carteira” se identificando como tal. E perguntou: “se uma pessoa é gay, procura Deus e tem boa vontade, quem sou eu, por caridade, para julgá-la?”.




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