Câmara dos
Deputados aprova reforma do Código Florestal, porém, presidenta Dilma vetará
artigos que prejudicam o meio ambiente
Jornalista Roberto Ramalho
Com apoio da bancada ruralista e do PMDB de Renan Calheiros,
a Câmara dos Deputados aprovou ontem a reforma do Código Florestal impondo uma
derrota ao governo.
Por exatos 274 votos a favor e 189 contrários e 2
abstenções, os deputados acolheram o relatório do deputado Paulo Piau com 21
modificações no texto aprovado pelo Senado em dezembro, que era defendido pelo
Palácio do Planalto.
No entanto, ainda serão analisados 13 destaques que
podem modificar a essência do texto. Embora tenha sido derrotado, o governo
conseguiu devolver ao texto a exigência de recomposição de 15 metros de Áreas
de Preservação Permanente em beira de rios pequenos.
Os ruralistas rejeitavam qualquer obrigação de
recuperação dessas áreas. O texto do Código Florestal agora vai à sanção
presidencial. Os ambientalistas consideraram o resultado de ontem um desastre
total e prometem pressionar a presidente Dilma a vetar o texto.
A bancada alagoana ficou dividida durante a votação
do novo Código Florestal. Os deputados Joaquim Beltrão (PMDB), Renan Filho
(PMDB), Maurício Quintella (PR) e Célia Rocha (PTB) foram favoráveis ao novo Código
Florestal, que favorece os desmatadores e enfraquece a legislação ambiental. Por
sua vez os deputados Givaldo Carimbão (PSB), Rui Palmeira (PSDB), Arthur Lira
(PP), e Rosinha da Adefal (Tudo B), votaram contra o novo texto do Código
Florestal. O único que não votou foi deputado João Lyra (PSD), em face de não
ter participado da votação.
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