Supostos seguidores do presidenciável
Jair Bolsonaro estariam infiltrados no movimento dos caminhoneiros. Roberto
Ramalho jornalista. Com Revista Veja online.
De acordo com a Revista Veja, em
site online, o presidente da Abcam afirmou que as medidas negociadas com o
governo – entre elas a redução do preço do diesel nas bombas por 60
dias e o fim do pedágio para eixos suspensos – resolveram “tranquilamente” os
problemas da categoria.
Além disso afirmou: “E que agora a
equipe econômica do governo terá de fazer “das tripas coração” para que os
prometidos 0,46 centavos de desconto no diesel cheguem às bombas. “Esperamos
que o governo cumpra com o prometido. Não queremos mais incendiar o país, fazer
nova paralisação sem necessidade”.
A Abcam também afirmou que cerca de 30%
dos caminhoneiros autônomos ainda precisam ser
desmobilizados em todo o país, o equivalente a 250.000 veículos. De acordo com
Fonseca, os pontos mais preocupantes neste momento são Vila Carioca, no Rio de
Janeiro, onde se concentram refinarias da Petrobras, e São Bernardo do Campo,
na Grande São Paulo, sede de diversas montadoras de veículos. “Caminhões ainda
estão sendo impedidos de circular por ali, o que dificulta a produção.”
O presidente da Associação
Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam), José da Fonseca Lopes, afirmou no fim da
tarde desta segunda-feira, 28, que motoristas autônomos que querem voltar a
trabalhar estão sendo ameaçados de “forma violenta por forças ocultas” que
impedem o fim da greve.
Tentando a todo custo desestabilizar um
governo que já não se sustenta há muito tempo, supostos seguidores do deputado
Jair Bolsonaro estão ameaçando caminhoneiros que tentam retornar ao trabalho.
É preciso que a Polícia Federal e a
ABIN apurem o caso e descubram essa evidência.
No fim de semana, após o
presidente Michel Temer acionar as forças federais para
desobstruir as rodovias, a Abcam passou a recomendar que os motoristas
suspendessem as interdições, mas mantivessem as manifestações de forma
pacífica, sem bloqueio de vias.
O ministro da Casa Civil, Eliseu
Padilha, disse hoje que existe ‘infiltração’ política dentro do movimento
grevista dos caminhoneiros. Na avaliação do governo, os infiltrados estão
dificultando o encerramento da greve, que entrou no oitavo dia de paralisação
com prejuízos à população – desabastecimento de combustível, alimentos e
insumos.
Se seguidores do presidenciável Jair
Bolsonaro tiverem participado dessa paralisação, o Estado Democrático de
Direito corre um sério risco de sofrer uma ruptura institucional que não será
bom para ninguém.
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