Quem sou eu

Minha foto
Jornalista envolvido e preocupado com questões sociais e políticas que afligem nossa sociedade, além de publicar matérias denunciando pessoas ou entidades que praticam atos contra o interesse público e agindo, sempre, em defesa da sociedade.

terça-feira, 1 de maio de 2018

Artigo – Dia do Trabalho: Nada a comemorar! Roberto Ramalho jornalista e advogado.

De um modo geral, do trabalhador mais simples até aquele que executa tarefas mais difíceis e complicadas, é o verdadeiro herói desse Pais e que muitas vezes é esquecido pelo empregador e pelo Governo.

Com o advento da Reforma Trabalhista, que segundo o governo e os empregadores gerariam mais empregos e renda, simplesmente mostrou ser um total engodo e uma falácia.

A Reforma Trabalhista acabou completamente com os direitos dos trabalhadores que existiam na CLT e na Constituição Federal de 1988.

Aprovada recentemente pelo Congresso Nacional, e sancionado pelo presidente da República, Michel Temer, a Reforma Trabalhista impõe uma série de exigências aos trabalhadores, sobretudo tirando-lhes direitos consagrados na Consolidação das Leis do Trabalho. Segundo o governo, a CLT é do Século XX e da década de 40, estando à legislação ultrapassada o que havia necessidade de modificações e alterações.

As alterações mexeram em pontos de suma importância para os trabalhadores, como jornada de trabalho, férias, remuneração e plano de carreira, descanso, negociado sobre o legislado, banco de horas, gestantes em ambientes insalubres, dentre outros.

Analisando sob o ponto de vista da parte mais fraca, em um quadro de pleno desemprego, as novas normatizações, assim como, o negociado sobre o legislado e o enfraquecimento da estrutura sindical, com certeza resultarão em grandes complicações no estabelecimento da Relação Capital X Trabalho, além de agravar a situação dos trabalhadores, gerando conflitos. 

E a Medida provisória que modificaria alguns pontos da Reforma Trabalhista acabou não sendo votado pelo Congresso nacional, em uma total falta de respeito para com o trabalhador.

O governo ficou de regulamentar por meio de decreto, que ainda está sendo elaborado.
Praticamente o que veremos é um número cada vez menor de ações trabalhistas contra o empresariado.

Nesse sentido, sem demanda a justiça do trabalho acabará sendo extinta se os magistrados representados pela Anamatra (Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalhio) não se mobilizarem.

A Reforma Trabalhista rasgou literalmente a CLT (Consolidação dos Direitos do Trabalho) e afrontou a Constituição.

Segundo John Locke, “o fim do Direito não é abolir nem restringir, mas preservar e ampliar a liberdade”.


Nenhum comentário:

Postar um comentário