Operador do ex-governador do Rio, Sérgio Cabral, diz que esquema de propinas arrecadou R$ 500 mi desde os anos 1990. Roberto Ramalho jornalista.
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Em depoimento ao juiz Marcelo Bretas, Carlos Miranda, operador no mercado financeiro e amigo do ex-governador Sérgio Cabral, afirmou que ele e os ex-secretários Wilson Carlos e Régis Fichtner recebiam mensalmente R$ 150 mil e ainda uma espécie de 13º e até 14º salário.
Ao juiz Marcelo Bretas, Carlos Miranda confirmou que a organização era controlada por Sérgio Cabral e que os pagamentos aconteceram até 2016, às vésperas da prisão do ex-governador. De acordo com ele, Wilson Carlos era o responsável pelos contatos com as empresas, e Fichtner cuidava do andamento do esquema dentro da estrutura do governo.
“Eu cuidava das despesas pessoais do governador, inclusive da movimentação em suas contas”, admitiu Miranda.
O operador era uma das pessoas mais próximas de Cabral. O depoimento dele é considerado fundamental para esclarecer o funcionamento do esquema. Miranda cuidava, inclusive, da declaração de Imposto de Renda do ex-governador, hoje preso em Bangu 1.
O que está sendo presenciado no estado do Rio de Janeiro, tornou-se a mais sofisticada máquina de corrupção no país envolvendo um só governo e ainda e com apoio do atual e dos ex-presidentes da Assembleia Legislativa.
Com três ex-governadores, ex-presidentes da Assembleia Legislativa e outros parlamentares detidos, o povo carioca e os servidores públicos estaduais tem a noção exata do esquema que levou o estado à crise financeira.
Embora existam muitas críticas por parte de parlamentares que respondem a processos por crimes diversos, sobretudo o de corrupção, a investigação mostra a força e a agilidade do Ministério Público Federal que está fazendo o seu papel.
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