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segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Promotor de Justiça de apenas 36 anos é brutalmente assassinado com 20 tiros na presença da noiva advogada

Jornalista Roberto Ramalho

Promotor de Justiça de 36 anos foi morto com 20 tiros quando seguia para o fórum de Itaíba, cidade a 340 km de distância do Recife.

Na manhã desta segunda-feira, Thiago Faria de Godoy Magalhães conduzia seu carro quando foi tocaiado por dois automóveis.

Ele viajava na companhia da noiva, a advogada Mysheva Freire Ferrão Martins.

A noiva escapou, saltando do carro em movimento e já está em casa apenas com escoriações nos braços e nas pernas, mas está em estado de choque.

O promotor havia saído de Águas Belas, onde morava, e seguia para Itaíba. O casal se casaria em 1º de novembro.
Itaíba é uma cidade conhecida por crimes de pistolagem, assim como diversas outras do Estado de Pernambuco.

A advogada Mysheva Freire Ferrão Martins e Adauto Martins que estavam no carro com o promotor que dirigia quando foi atingido, mas conseguiram escapar sem ferimentos graves,  já prestaram depoimentos à polícia.

Mysheva Martins era noiva de Thiago Faria e informou à polícia que os três seguiam do município de Águas Belas para Itaíba, municípios do Agreste, quando um veículo de pequeno porte emparelhou ao que estavam. Nesse momento o passageiro do outro carro estendeu uma espingarda – provavelmente de calibre 12 - e disparou. Thiago Faria foi atingido no pescoço e estacionou. Os criminosos continuaram no sentido a Itaíba, mas retornaram e realizaram mais tiros contra o promotor. Ela e o tio conseguiram fugir.
A polícia já trata o caso como sendo crime de execução e não pôde dar detalhes, para não atrapalhar as investigações.

O governador Eduardo Campos e o procurador-geral Aguinaldo Fenelon, do Ministério Público de Pernambuco (MPPE), também estão engajados no caso.

Nessa segunda-feira, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, determinou que três procuradores do MPF (Ministério Público Federal) acompanhem de perto as investigações do assassinato do professor e promotor de Justiça, além dos quatro delegados que já estão desenvolvendo as linhas de investigações do crime.

 Eles também contam com o apoio de policiais civis e militares do Agreste e Sertão, além de um helicóptero para tentar encontrar e prender os criminosos.

Magalhães também exerceu cumulativamente as funções de promotor de Justiça em Calçado (205 km do Recife) e a 1ª Promotoria Criminal de Garanhuns (232 km do Recife). Além de promotor, Thiago também foi autor de livros jurídicos e era professor conhecido em Pernambuco de cursos preparatórios para concurso.

Também na tarde dessa segunda-feira, a Conamp (Associação Nacional dos Membros do Ministério Público) divulgou nota de repúdio ao assassinato do promotor.
De acordo com a associação, o crime "afronta o profissional que exerce o seu múnus buscando a justiça, a sociedade destinatária de seus préstimos e o próprio estado democrático de direito”.
A entidade ainda exige "celeridade na elucidação do crime e a responsabilização rigorosa de todos os envolvidos" e pede "urgentes medidas no sentido de resguardar a integridade física e a vida dos promotores, procuradores e magistrados, e de seus respectivos familiares, expostos a situações de risco em razão do cargo".
E conclui afirmando que casos de ameaças, atentados e assassinatos de integrantes do sistema judicial são comuns. "Essa realidade é inaceitável, principalmente, porque esses profissionais são alvo de organizações criminosas no exercício de sua função constitucional de garantir o cumprimento das leis e a efetividade do estado democrático de direito no país", diz.
Está na hora de por as Forças Armadas nas ruas, logradouros públicos e caçar esses bandidos que estão ameaçando a todos os brasileiros que tem o direito sagrado de ir e vir e de se manifestar livremente.


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