Ex-ministro
e jurista Saulo Ramos falece em São Paulo de complicações cardíacas e renais
Jornalista
Roberto Ramalho
O ex-ministro da Justiça Saulo Ramos morreu nesse
domingo (28), aos 83 anos, em Ribeirão Preto (SP).
Saulo Ramos, que era jurista e escritor, fez parte
do ministério do governo de José Sarney entre os anos 1989 e 1990, tendo sido ministro
da Justiça e consultor geral da República do governo de José Sarney (PMDB-AP).
Ele também trabalhou com o ex-presidente Jânio Quadros.
No governo Sarney, Saulo Ramos teve papel de
destaque na redação jurídica dos planos econômicos Cruzado 1 e Cruzado 2. Como
advogado, atuou em processos de destaque, como a ação na qual se decidiu pela
cassação dos direitos políticos do ex-presidente Fernando Collor de Mello, que
renunciou antes de sofrer o impeachment em 1992.
Em 2007 escreveu o livro O código da vida, com
relatos de episódios da política brasileira a partir de um polêmico caso
judicial. Ramos morreu em sua residência, após ficar hospitalizado por meses.
A assessoria do senador e ex-presidente José Sarney
disse que o senador vai comparecer ao sepultamento.
Sarney lamentou a morte do ex-ministro, a quem
disse considerar "mais do que um irmão e disse que “a amizade de mais de
50 anos se tornou uma irmandade”.
O governador de São Paulo,
Geraldo Alckmin, divulgou nota de pesar onde classifica Ramos como “um
"jurista exemplar" e que teve participação fundamental no processo de
restauração da democracia e do estado de direito no país.”
O enterro será em Brodowski, no
interior de São Paulo, sua cidade natal, na tarde dessa segunda-feira à tarde.
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