Juiz
acusado de fabricar multas é preso na Paraíba e acusado de ser o chefe de uma
quadrilha
Jornalista
Roberto Ramalho
A Polícia Federal prendeu nessa
quinta-feira o titular do 2º Juizado Especial Misto do Bairro de Mangabeira, em
João Pessoa, José Edvaldo Albuquerque, o delegado Edilson de Araújo de
Carvalho, os advogados Cícero de Lima Souza, Eugênio Vieira Almeida, Glauber
Lessa Feitosa e Dino Gomes Ferreira, dois funcionários da Justiça paraibana e
outras duas pessoas.
Segundo se apurou eles são acusados
de fabricar multas judiciais. Segundo o corregedor do Tribunal de Justiça da
Paraíba, Márcio Murilo Ramos, será aberto um processo para que o magistrado
José Edvaldo possa se defender.
O desembargador vai pedir o
imediato afastamento do juiz, que nega as acusações que lhe são imputadas.
A
PF apreendeu na casa de do Juiz Edvaldo R$ 400 mil em alvarás contra empresas.
Os
advogados de autores das ações eram convencidos a participar do esquema. De
acordo com o levantamento da Polícia Federal, muitas vezes as multas tinham
valores muito acima dos normalmente aplicadas. Em geral, as multas eram pagas
por pessoas que perdiam a ação, mas não eram entregues aos autores.
Durante
as investigações, que tiveram início no ano passado, foram realizadas escutas
telefônicas e quebra de sigilo fiscal. Não se sabe o valor arrecadado pelo
bando nem o número total de vítimas do golpe até o presente momento.
“Os
indícios apontam que o chefe da quadrilha era o juiz. Mas as investigações
ainda vão prosseguir”, afirmou o delegado Conrado Almeida que investiga o caso.
De acordo com o delegado, havia um integrante da quadrilha encarregado de
coagir as vítimas que denunciassem a existência do esquema. Os policiais civis
e militares entravam em ação nessa hora. Muitas vezes eram feitos boletins de
ocorrência com informações falsas contra os denunciantes. Entre os presos, está
um delegado da Polícia Civil da Paraíba.
Opinião
de Roberto Ramalho
É preciso
salientar de que se trata de um caso isolado. Que existe corrupção e pratica de
improbidade administrativa no Poder Judiciário, existe.
Mas, é
uma fatia muito pequena de magistrados que praticam atos desabonadores de uma
conduta que sempre deve ser pautada em princípios éticos.
Na magistratura existem desvios de conduta de magistrados, assim como em relação com políticos e administradores públicos.
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