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sexta-feira, 7 de dezembro de 2012



Revista britânica ‘The Economist' diz que presidente Dilma deveria demitir Mantega 

Jornalista Roberto Cavalcanti

Ministro teria minado a confiança do investidor.

De acordo com a tradicional revista britânica ‘The economist’ o intervencionismo praticado pelo governo da presidente Dilma espantou investidores. 

Diante do resultado decepcionante do Produto Interno Bruto (PIB, conjunto de bens e serviços produzidos) do Brasil no terceiro trimestre, a revista britânica ‘The Economist’ subiu o tom contra as intervenções do governo brasileiro na economia e afirmou que a presidente Dilma Rousseff deveria demitir o ministro da Fazenda, Guido Mantega e substituir também toda a equipe econômica.

Em editorial, intitulado "Um colapso da confiança", a revista afirma que Dilma "parece acreditar que o Estado deve direcionar as decisões sobre investimento privado", citando as medidas recentes em relação aos bancos quando estimulou, por meios dos bancos públicos, a redução dos juros cobrados dos consumidores e de setores da indústria e do comércio, bem como dizendo que as novas regras a serem aplicadas ao sistema elétrico, estão causando controvérsia. 

Para a revista, o intervencionismo explicaria a queda dos investimentos do setor privado, minando os esforços do governo para recuperar a economia.

A presidente Dilma Rousseff deveria demitir o ministro da Fazenda, Guido Mantega, se for pragmática como ela própria insiste, defende a revista britânica ‘The Economist’ em sua edição impressa de 8 de dezembro, já nas bancas no Reino Unido.

Em artigo falando ainda sobre o fraco desempenho do crescimento do PIB brasileiro no terceiro trimestre, a publicação observa que o Banco Central poderá se sentir tentado a reagir ao baixo crescimento com outro corte de juros, mas afirma que "isso seria um erro". "A despeito dos esforços oficiais crescentes de estímulo, a criatura moribunda (o PIB) cresceu apenas 0,6% no terceiro trimestre, metade do número projetado pelo ministro Guido Mantega", diz a revista logo no primeiro parágrafo.

Sobre a política econômica a revista diz que "a preocupação é que a própria presidente esteja interferindo (na política monetária), mas ela insiste que é pragmática. Se é assim, ela deveria demitir Mantega, cujas projeções excessivamente otimistas perderam a confiança dos investidores, e indicar uma nova equipe capaz de recuperar a confiança dos empresários", recomenda.

A publicação afirma, que, a despeito de todas as medidas do governo para melhorar a competitividade do País, o investimento caiu em cada um dos últimos cinco trimestres. Segundo a ‘The Economist’ o investimento no Brasil corresponde a apenas 18,7% do PIB, em comparação com taxas de 30% no Peru em 2011 e 27% no Chile e Colômbia, as novas economias de crescimento acelerado da América Latina.

A revista diz ainda que os empresários estão cautelosos porque o governo interfere demais. "Um exemplo é seu aparente desejo de diminuir o retorno sobre os investimentos por decreto, e não apenas para os bancos como também para empresas de energia e outras companhias de infraestrutura", destaca.

De acordo com a publicação a esperança de Dilma Rousseff parece ser que o pleno emprego e o aumento no salário real serão suficientes para lhe garantir um segundo mandato em 2014, porém, tudo dependerá do crescimento renovado. "Lula garantiu um segundo mandato porque suas políticas tiraram milhões de brasileiros da pobreza. De forma semelhante, o eleitorado recompensou Fernando Henrique Cardoso porque ele cortou a inflação. E Dilma Rousseff? Os eleitores poderão avaliar que na tentativa de equilibrar tantas bolas econômicas, ela deixou cair à maioria delas", conclui a revista. 

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