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Jornalista envolvido e preocupado com questões sociais e políticas que afligem nossa sociedade, além de publicar matérias denunciando pessoas ou entidades que praticam atos contra o interesse público e agindo, sempre, em defesa da sociedade.

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2023

Tragédia na Região Norte de São Paulo deixa 40 mortos e dezenas de desaparecidos. Número de mortes deve crescer ainda mais segundo prefeito de São Sebastião. Tudo isso poderia ser minimizado. Roberto Jorge é jornalista. www.ditoconceito.blogspot.com.br

Foto Carta Capital

As chuvas torrenciais que atingem o Litoral Norte de São Paulo já causaram a morte de cerca de 40 pessoas. A informação foi confirmada pelo comandante do Corpo de Bombeiros de São Paulo em entrevista à GloboNews. O número de mortes causadas pela chuva que atingiu a Região de São Paulo, no fim de semana, deve subir ainda mais em face da destruição e da devastação no local.

Trechos da BR-101, principal via da região, praticamente desapareceram e bairros do Sul do município estão isolados. Sete aeronaves são usadas no momento para chegar a bairros da localidade. O Exército, a pedido do governador Tarcísio de Freitas, está ajudando.

Em entrevista ao Sistema Globo o empresário Rafael Campos que está na praia de Juquehy, em São Sebastião, declarou que sofreu muito com as fortes chuvas na Região. Segundo ele, o nível da água 'chegou a subir 30cm dentro da sua casa. As ruas foram se alagando no entorno e o problema maior ocorreu durante a madrugada'.

O ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, declarou em entrevista concedida à CNN, a Globo News, Band News, entre outros Veículos de Comunicação, que a verba que o governo federal vai disponibilizar para São Sebastião também poderá ser usada na melhoria de ações de prevenção e cuidados com desastres. No entanto, ele aproveitou a oportunidade para criticar a gestão anterior, notadamente o governo Bolsonaro. Segundo ele, o 'Orçamento que foi deixado era quase zero'.

O presidente Lula sobrevoou a Região atingida pelas fortes chuvas e anunciou ajuda em dinheiro e com equipes dos diversos ministérios para ajudar a população atingida.

Ao lado do governador de São Paulo, presidente da República exaltou a união entre os três níveis de governo para solucionar os problemas causados após fortes chuvas no litoral paulista. Além disso, declarou ao governador Tarcísio de Freitas e os prefeitos da Região, que unidos desenvolveriam projetos para ajudar a população da Região. E pediu ao prefeito de São Sebastião, Felipe Augusto, o município mais atingido pelas chuvas, que encontrasse um terrenos para construir as casas daqueles que perderam tudo. Disse o presidente Lula: “Você só tem que arrumar um terreno mais seguro”.

Lula estava também ao lado do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, e afirmou que o trabalho de recuperação no litoral paulista será um compromisso de governo entre União, Estado e município. “Nós estamos juntos, acabou a eleição”, disse ele.

Heráclito Alves, meteorologista do Instituto Nacional de Meteorologia, já havia alertado desde a última quarta-feira sobre a previsão de chuvas fortes e intensas que atingiram o litoral de São Paulo. Ele explicou que o choque térmico de uma frente fria com uma área com temperaturas altas, além da formação de uma área de baixa pressão entre Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo resultou no volume elevado de chuva. As chuvas em São Sebastião e outras cidades do litoral norte do estado são responsáveis pelo maior acumulado de chuva da história do país, com 682 milímetros em 24 horas.

Ao todo, há 1.730 desalojados e 736 desabrigados. Buscas por sobreviventes continuaram nesta segunda, com trégua das chuvas.

Todos sabem que nos meses de janeiro a março chove muito nos estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo. E os prefeitos sabem que existe a possibilidade de haver tragédias como essa. Já está na hora de o Congresso Nacional elaborar uma lei afastando prefeitos que não façam obras e serviços antes que aconteçam essas tragédias, no sentido de evitar um impacto maior.

Isso já se tornou um ‘vício’ para que maus gestores municipais possam, por meio de pedido de ‘Calamidade Pública’ possam fazer uso de verbas para adquirir o que bem entendem já que a legislação referente a Licitações e Contratos permite a compra sem a necessidade de concorrência.

Recentemente o Supremo Tribunal Federal decidiu sobre trechos da Lei de Licitações e Contratos que gestores públicos respondam por seus atos como estava previsto na legislação anterior.

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