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sábado, 4 de fevereiro de 2023

Artigo – Dia Mundial de combate ao câncer. Roberto Jorge é jornalista e servidor da Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas. www.ditoconceito.blogspot.com.br

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O câncer é considerado atualmente um dos problemas de saúde pública mais graves em todo o mundo e de uma enorme complexidade.

A palavra câncer vem do grego karkínos, que quer dizer caranguejo e foi utilizada pela primeira vez pelo pensador grego Hipócrates, o pai da medicina, que viveu entre 460 e 377 a.C.

Portanto, o câncer não é uma doença nova. Estudos científicos revelam que a doença foi constatada em múmias egípcias, comprovando que ele já comprometia os seres humanos há mais de 3 mil anos antes de Cristo.

Atualmente, câncer é o nome geral dado a um conjunto de mais de 100 doenças, que têm em comum o crescimento desordenado de células, que se multiplicam e precisam ser combatidas por métodos como a quimioterapia, radiologia, e outros procedimentos recentes como o uso de imunoterapia entre outros.

Quando o câncer evolui e os procedimentos adotados começam a fracassar, ele tende a invadir tecidos e órgãos vizinhos o que é denominado de metástase. E é justamente nessa situação que a tentativa de cura se torna praticamente inviável.

Os tipos de câncer mais comuns na infância e adolescência são:

1. Leucemia.

2. Tumor do Sistema Nervoso Central.

3. Linfoma.

4. Tumor de Wilms.

5. Neuroblastoma.

6. Osteossarcoma.

7. Câncer dos tecidos moles.

8. Retinoblastoma.

Mais os mais agressivos e que atualmente estão presentes são: o câncer de mama, câncer de próstata, câncer de pulmão, câncer do reto (intestino grosso) e câncer do estômago.

Um dos mais raros, mas que tem acometido milhares de pessoas em todo o mundo é o câncer no cérebro.

Qual o tipo de câncer mais difícil de curar?

Câncer de pulmão. De acordo com a OMS, 1,8 milhão de pessoas morreram em 2020 de câncer de pulmão.

Qual o tipo de câncer que se espalha mais rápido?

De acordo também com a Organização Mundial da Saúde é o fígado, com uma evolução assustadora. Esse tipo de câncer se desenvolve muito rápido, podendo duplicar de tamanho em apenas quatro meses. O fígado também é alvo comum de outros cânceres, que entram em metástase e se espalham pelo corpo.

Embora o Brasil tenha uma rede de assistência básica à saúde conhecida por SUS – Sistema Único de Saúde, criado pela Constituição de 1988, possibilitando tratamento gratuito para praticamente todas as doenças, durante a pandemia de covid-19 praticamente a rede hospitalar teve muita dificuldade de tratar dos pacientes. O sistema de saúde brasileiro enfrentou muitas dificuldades sendo adiado os diversos tratamentos para os mais variados tipos de câncer.

Isso também se deve ao fato de no governo Bolsonaro (2019-2022), ter sido nomeada uma equipe de médicos, enfermeiros e demais profissionais negacionistas. Ou seja, após a saída do ministro Luiz Henrique Mandeta, que se esforçou para fazer um bom trabalho, e de uma breve passagem de Nelson Teich, que o substitui por apenas 27 dias, ambos atuando entre 2019 e meados de 2020, foi nomeado para administrar o ministério da Saúde o então general Pazzuello, que além de não ser médico, foi um péssimo gestor, fazendo tudo que Bolsonaro queria, sobretudo, apoiando e recomendando a adoção de medicamentos ineficazes contra o Sars-Cov2, como a Cloroquína, que deveria ter sido aplicada no combate a malária, vitamina D, C, Ivermectina (remédio para parasitas), entre outros.

Após uma série de reclamações e contestações, e de uma CPI em 2021 no Senado da República, finalmente ele viria a ser exonerado, sendo substituído pelo médico paraibano, Marcelo Queiroga, que embora também fosse negacionista, ainda introduziu algumas mudanças na entidade em face da pressão de entidades médicas e de profissionais da área da saúde em geral. Na equipe do ministro Marcelo Queiroga também havia profissionais de saúde negacionistas.

Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich, os dois primeiros ministros da gestão Bolsonaro, deixaram o cargo por discordarem da maneira com que o presidente queria atuar na pandemia. Já Pazuello foi substituído não por vontade de Bolsonaro, mas por pressão de parlamentares do centrão.

A magnitude epidemiológica, social e econômica para tratamento do câncer passa necessariamente pela profissionalização de bons e eficientes médicos oncologistas, clínicos gerais, enfermeiros e demais que devem ter conhecimento sobre essa gravíssima doença.

Como se sabe pelo menos um terço dos casos novos de câncer que ocorre anualmente no mundo poderia ser prevenido. Mas isso também se deve a ausência de políticas públicas e de uma eficiente publicidade nos Veículos de Comunicação e nas redes sociais.

A prevenção e o controle da doença são, nesse momento, as prioridades na Agenda da Saúde do Ministério da Saúde (MS), assim como a da Organização Mundial da Saúde.

Dessa forma, um dos principais compromissos do Instituto Nacional de Câncer (INCA) com a saúde da população brasileira é participar ativamente das políticas do Sistema Único de Saúde (SUS) e colaborar na constituição da rede de cuidados integrais à saúde.


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