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Jornalista envolvido e preocupado com questões sociais e políticas que afligem nossa sociedade, além de publicar matérias denunciando pessoas ou entidades que praticam atos contra o interesse público e agindo, sempre, em defesa da sociedade.

domingo, 23 de outubro de 2022

Artigo – A prisão de Roberto Jefferson e a preparação de um golpe de Bolsonaro em caso de derrota para o ex-presidente Lula no dia 30 de outubro com apoio de seus apoiadores. Roberto Ramalho é Colunista do Portal RP-Bahia, advogado há 37 anos e jornalista há 15 anos. www.ditoconceito.blogspot.com.br

                     Bolsonaro afirmou que nunca havia saído numa foto com Roberto Jefferson
 
Os agentes da Polícia Federal que foram cumprir a ordem de prisão na casa do deputado Roberto Jefferson, no Rio de Janeiro, foram recebidos a tiros pelo ex-parlamentar. uma agente e um delegado foram feridos, de acordo com fontes da PF. Além disso, Jefferson jogou três granadas nos policiais que tentavam prendê-lo.

Roberto Jefferson é investigado no inquérito das milícias digitais. Nas redes sociais, ele afirma que vai resistir à ordem de prisão.presidente de honra do PTB, hoje um partido político de extrema-direita e reduzido a poucos deputados federais, estaduais e nenhum senador.

Roberto Jefferson recebeu PF com tiros de fuzil e atirou granada contra agentes. Dois policiais foram atingidos por estilhaços da granada, mas passam bem. Roberto Jefferson é investigado pelo STF no inquérito das milícias digitais.

Agora à noite, por volta das 19 horas, após visita do “Padre” Kelmon, que concorreu a eleição para presidente da República no 1º turno, pelo PTB, como linha auxiliar da candidatura de Jair Bolsonaro, Roberto Jefferson se entregou à Polícia Federal.

E a Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal e Federação Nacional dos Policiais Federais se manifestaram após o ataque de Roberto Jefferson aos policiais federais que foram prendê-lo.

O presidente da Câmara, Arthur Lira, também repudiou o ataque. Roberto Jeferson atacou agentes da Polícia Federal que cumpriam mandado de prisão contra ele. O político recebeu atirou e lançou granada ao ser comunicado sobre a ordem de prisão.

Em artigo publicado hoje a tarde no Portal UOL onde escreve uma coluna, após o ataque de Roberto Jefferson a Polícia Federal quando ela cumpria ordem de prisão contra o mesmo, Cesar Calejon jornalista, mestre em Mudança Social e Participação Política pela USP com especialização (MBA) em Relações Internacionais pela FGV. Autor de Sobre Perdas e Danos: negacionismo, lawfare e neofascismo no Brasil, além de outras obras sobre o bolsonarismo afirmou que: “Nesse sentido, Roberto Jefferson é a personificação do bolsonarismo: psicologicamente comprometido, armado, ensandecido por uma espécie de "nacionalismo cristão" e disposto a matar adversários em nome da sua "liberdade" — o que, para ele, significa, eventualmente, passar por cima das leis e do próprio regime democrático. A despeito de tudo o que fez e disse durante os últimos anos e de ter efetivamente atentado contra a vida de policiais federais, Jefferson ainda se considera a vítima, algo como um guerreiro incompreendido que estaria batalhando para salvar o Brasil. A mesma estratégia que foi usada pelos militares da ditadura com o livro Orvil e pelo torturador Brilhante Ustra na publicação Verdade Sufocada, por exemplo.

E descreve o acontecimento da seguinte forma: "Eles correram e eu falei: 'sai porque eu vou pegar vocês!' Isso que vocês têm que saber (...) Mas eles vão vir forte, e eu não vou me entregar. Não vou! Chega! É muita humilhação. Eu vi minha mulher chorando e eu fiquei impotente. (...) Chega de opressão. Eles já me humilharam muito, à minha família (...) Mas eu não to (sic) atirando em cima deles, eu dei perto, não atirei neles. Eu não atirei em ninguém para pegar. Ninguém! Não atirei em ninguém para pegar. Atirei no carro e perto deles", afirma Jefferson em vídeo gravado por ele próprio. Nesse sentido, o ato cometido hoje pelo ex-deputado bolsonarista caracteriza um atentado terrorista contra agentes do Estado e, a apenas uma semana do pleito presidencial, tem potencial para desencadear conflitos armados de todas as ordens contra as forças de segurança do país. Principalmente, caso Jefferson decida tirar a sua própria vida a fim de se estabelecer como um mártir da extrema direita nacional.

De acordo com o escritor, na semana que vem, em caso de derrota de Jair Bolsonaro nas urnas, atitudes terroristas e potencialmente homicidas dessa ordem contra agentes da lei e opositores políticos poderão se tornar a norma, o que representaria uma ameaça jamais vista de guerra civil em solo brasileiro. Qual será o próximo passo?

O próximo passo seria a invasão do Superior Tribunal Eleitoral em caso de derrota de Jair Bolsonaro, havendo a possibilidade de violência contra os ministros, inclusive com a detenção do ministro-presidente Alexandre de Moraes e talvez atos de brutalidade com sua morte.


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