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sábado, 2 de fevereiro de 2019

Senador novato do Amapá, Davi Alcolumbre, é eleito novo presidente do Senado. Ele teve apoio do Chefe da Casa Civil do governo Bolsonaro, Onyx Lorenzoni. Renan foi traído! Roberto Ramalho, jornalista, com reportagem do G1 de Brasília.

Político do DEM-AP recebeu 42 votos, um a mais que o mínimo necessário para vencer no primeiro turno. Quatro senadores não votaram, entre eles Renan Calheiros, que abandonou a disputa com a votação já em curso.

O resultado da eleição no Senado foi o seguinte:

·         Davi Alcolumbre (DEM-AP) - 42 votos.
·         Esperidião Amin (PP-SC) - 13 votos.
·         Angelo Coronel (PSD-BA) - 8 votos.
·         Reguffe (sem partido-DF) - 6 votos.
·         Renan Calheiros (MDB-AL) - 5 votos.
·         Fernando Collor (Pros-AL) - 3 votos.

A vitória de Davi Alcolumbre foi precedida de:

·        Aprovação de voto aberto na sessão de sexta-feira;
·         Decisão do presidente do STF que determinou eleição com voto secreto;
·         Desistência de três candidatos a presidente do Senado;
·         Anulação da primeira votação porque havia na urna 82 votos de 81 senadores;
·         Retirada da candidatura pelo senador Renan Calheiros.

Em reportagem do G1, logo após o anúncio da vitória, Davi Alcolumbre assumiu a cadeira de presidente. Ele cumprimentou todos os concorrentes, inclusive Renan Calheiros. Disse que dará ao rival o mesmo tratamento conferido aos demais colegas.

E afirmou: "Quero dizer ao senador Renan Calheiros que terá dessa presidência o mesmo tratamento que todos os partidos devem ter", afirmou.

De acordo com o G1, o novo presidente do Senado destacou a importância de "reunificar" a Casa e afirmou que não conduzirá os trabalhos com “revanchismo”. Segundo ele, a condição de adversários é "passageira", enquanto as instituições são permanentes.

Disse Alcolumbre: "Deixo claro também que não conduzirei um Senado de revanchismo. Os meus adversários terão, todos eles, de minha parte, pujante disposição para o diálogo e cooperação", declarou. Alcolumbre declarou que, a depender da condução dele, a sessão na qual se elegeu presidente terá sido a "derradeira sessão do segredismo, do conforto enganoso do voto secreto". O parlamentar afirmou que na Casa não haverá senadores de alto ou de baixo clero. “Todos serão tratados com a mais absoluta deferência e respeito”, garantiu. Alcolumbre pediu "desculpas pelos ultrajes que apequenaram o Senado" e disse que terá "grande espírito público" na função de presidente.

"Espero deixar esta Casa com o país retomando os trilhos, enfrentando as reformas complexas com a urgência que nosso país reclama", declarou.

Depois de saber que estava sendo traído, sobretudo por alguns colegas de MDB, Renan Calheiros retirou candidatura à Presidência do Senado. Ocupando a tribuna, o senador fez um discurso nervoso e contundente. "Estou saindo do processo por entendê-lo deslegitimado", afirmou. Decisão foi tomada após alguns parlamentares começarem a declarar seus votos.

Conheço Renan Calheiros há muitos anos e somente uma vez nos cumprimentamos. Nunca bajulei políticos, embora tenha alguns jornalistas que o façam. E sei que ele não deixará isso como está e partirá para a forra. Nunca foi de matar e mandar matar ninguém. Seu jeito de agir é outro. Ele agora já sabe o que a ex-presidente Dilma sofreu e aconteceu com ela. Só estamos assistindo os primeiros capítulos dessa longa novela.

Senadores de seu próprio Partido Político o traíram, principalmente a novata do MDB, Simone Tebet. Com certeza também teve um empurrãozinho de seus "amiguinhos", Collor de Mello e Rodrigo Cunha, da bancada de senadores de Alagoas.

Quando aquele rapaz, de 41 anos, ficou praticamente sentado o dia todo de sexta-feira conduzindo a eleição no Senado, já sabia que algo iria acontecer nesse sábado. E não deu outra: ele acabou sendo eleito em 2ª votação com 42 votos.

E para quem acredita que Renan Calheiros acabou, está redondamente enganado. A Velha Raposa da Política ainda tem bastante fôlego. Aguardem os próximos capítulos.

O DEM presidirá a Câmara dos Deputados e o Senado da República.






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