Rateio do FUNDEB pode não
ser pago caso o governador vete projeto aprovado com emendas pela ALE. Roberto
Ramalho é jornalista e colunista do Portal RP-Bahia.
www.ditoconceito.blogspot.com.br.
Mesmo o projeto tendo sido
aprovado pela Assembleia Legislativa na semana passada, com duas emendas
aglutinativas, se o governador vetar o projeto, terá que ser no todo Se fizer
isso, deverá prejudicar a vida de milhares de famílias de servidores que aguardam
a liberação do pagamento para pagar dívidas, resolver suas situações
financeiras e outras pendências.
Têm
direito ao pagamento referente ao rateio dos recursos do Fundo de Manutenção e
Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da
Educação (Fundeb) os docentes,
profissionais que oferecem suporte pedagógico direto a docência, servidores
envolvidos nas atividades de direção, administração escolar, supervisão,
orientação, inspeção, planejamento e atividade pedagógica geral.
O rateio
é proporcional, de acordo com a jornada e tempo de serviço. Professores efetivos
e contratados receberão o equivalente a uma folha salarial.
Uma das emendas trata da
questão do desconto para a Previdência Social do Estado, que o governador sabe
que não pode e nem deve descontar, uma vez que se trata de abono e não de
salário.
A aprovação da matéria já
era esperada por todos, porém, quase acabou sendo adiada em face de
questionamento feito pelo deputado Sílvio Camelo (PV), o que fez a sessão ser
suspensa por duas oportunidades.
A matéria teve a relatoria
especial do deputado Davi Maia (DEM) e foi aprovada por unanimidade. Como os
trabalhos legislativos de fato não foram iniciados, ainda não foi possível
criar comissões permanentes na Casa, daí a razão da escolha do parlamentar
democrata para ser relator do projeto. A situação envolvendo o pedido de
adiamento da apreciação da matéria por parte do deputado Sílvio Camelo (PV)
teve relação com emendas ao projeto apresentadas pelo relator especial.
As emendas de Davi Maia
reforçavam o rateio isonômico para todos os beneficiários da lei e o pagamento
dos recursos sem descontos previdenciários. O deputado usou a tribuna do
plenário para explicar. Afirmou o parlamentar naquela ocasião: “Apresentei a emenda
para vedar qualquer desconto previdenciário, o que vem ocorrendo há quatro
anos, mas é ilegal e vai de encontro a decisões judiciais. E também para
reforçar que o rateio deve ser isonômico ela foi necessária porque o governo
não mostrou o valor no projeto, mas falou de 14º e 15º salários”.
Após a fala de Davi Maia,
Silvio Camelo pediu a palavra e chegou a solicitar o adiamento da apreciação,
por não concordar com as emendas, o que acabou gerando um longo debate.
Por fim, os deputados
acabaram aprovando a matéria com as emendas e se espera que o governado
sancione integralmente.
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