Estudo francês afirma que uso intensivo do celular aumenta risco de
câncer cerebral
Jornalista
Roberto Ramalho
Segundo o estudo publicado por pesquisadores da
universidade de Bordeaux na revista especializada "Occupational &
Environmental Medicine", o uso intensivo do telefone celular ajuda no
aumento do risco dos usuários sofrer um tipo de câncer cerebral agressivo.
A equipe dirigida por Gaëlle Coureau demonstra que
há dois tipos de tumores associados a uma prolongada exposição à radiofreqüência
desses aparelhos: os gliomas, agressivos, e os meningiomas, mais fáceis de
operar.
O estudo afirma que as pessoas que utilizam o
telefone portátil mais de 15 horas por semana, o que representa 30 minutos ao
dia, têm maior risco de que esses tumores se desenvolvam.
Os pesquisadores analisaram o perfil de 450 doentes
de câncer e usuários de telefone celular acima de 15 anos entre junho de 2004 e
maio de 2006 em quatro departamentos franceses e o compararam com 900 usuários
de dito aparelho em perfeito estado de saúde.
O estudo denominado de "Cerenat" confirma
as conclusões do Centro Internacional de Pesquisas sobre o Câncer (CIIC), que no
ano passado estabeleceu que "existe uma possível conexão entre o uso do
telefone portátil e a aparição de gliomas".
Organizações como o Instituto Nacional de Prevenção
e Educação para a Saúde da França recomendam afastar o máximo possível o
telefone da cabeça, usar o dispositivo com as mãos livres ou evitar chamadas
longas, com o objetivo de impedir o excesso de exposição às ondas
eletromagnéticas. Isso contribuiria para reduzir os riscos de se contrair
câncer.
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