Acordo firmado entre CNJ e
Ministério da Justiça fortalecerá defesa do consumidor
Jornalista Roberto Ramalho com informações da Agência CNJ de Notícias
O presidente do Conselho Nacional de Justiça (CNJ)
e do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Ayres Britto, que hoje se
despediu do cargo em função de sua aposentadoria por ter completado 70 anos,
assinou no último dia 13.11.12 termo de cooperação técnica com o Ministério da
Justiça voltado para o fortalecimento da defesa do consumidor e o
desenvolvimento de ações conjuntas para a redução de conflitos de consumo.
O termo prevê a criação de um grupo de trabalho
composto por representantes do CNJ, da Secretaria Nacional de Consumidor e da
Secretaria de Reforma do Judiciário com o objetivo de estudar medidas que
tenham como objetivo a ampliação do acesso à Justiça, a redução dos conflitos e
o fortalecimento da proteção e defesa dos consumidores.
Assim disse o presidente do CNJ e do STF, ministro
Ayres Britto na ocasião da assinatura: "O consumidor é um agente político,
um sujeito jurídico, que tem, como consumidor, proteção constitucional, seja no
âmbito dos direitos e garantias individuais, seja no âmbito da ordem
econômica",
"Estamos unindo nossos esforços para que o CNJ
e o Poder Judiciário, de um lado, e o Poder Executivo, de outro, possam
trabalhar em conjunto, otimizando o princípio constitucional da
eficiência", complementou Ayres Brito.
Participaram da assinatura do termo como
representantes do Ministério da Justiça, a secretária Nacional do Consumidor,
Juliana Pereira, e o secretário de Reforma do Judiciário, Flavio Crocce
Caetano.
Ficou estabelecido ainda no acordo que a Secretaria
Nacional do Consumidor do Ministério da Justiça passará a encaminhar ao CNJ
informações da base de dados do Sistema Nacional de Informações e Defesa do
Consumidor (SINDEC) e a esclarecer o posicionamento do órgão sobre matérias de
sua competência.
De acordo com Juliana Pereira, secretária Nacional
do Consumidor "A cooperação com o Conselho Nacional de Justiça é um marco
histórico para todo o Sistema nacional de Defesa do Consumidor. A aproximação e
a construção de ações conjuntas terá importância estratégica para a redução de
conflitos de consumo e o fortalecimento do direito do consumidor",
afirmou.
Está prevista ainda a oferta de cursos de mediação
e conciliação direcionados para a resolução de conflitos entre consumidores e
empresas. Caberá ao CNJ encaminhar informações técnicas relacionadas à atuação
judicial voltada aos direitos dos consumidores e articular com os órgãos da
Justiça o apoio à implementação das medidas adotadas pelo grupo.
Uma das medidas mais importantes e que estão sendo
estudadas busca dar validade judicial aos acordos firmados entre empresas e
consumidores nos Procons, o que eliminaria a necessidade de se iniciar uma nova
ação judicial caso o acordo não seja integralmente cumprido.
A medida já foi implementada inicialmente em Mato
Grosso, por meio de um acordo entre o Procon do Estado e o Poder Judiciário
local.
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