Senador novato do
Amapá, Davi Alcolumbre, é eleito novo presidente do Senado. Ele teve apoio do
Chefe da Casa Civil do governo Bolsonaro, Onyx Lorenzoni. Renan foi traído!
Roberto Ramalho, jornalista, com reportagem do G1 de Brasília.
Político do DEM-AP recebeu 42 votos, um a mais que o mínimo
necessário para vencer no primeiro turno. Quatro senadores não votaram, entre eles Renan Calheiros, que abandonou a
disputa com a votação já em curso.
O
resultado da eleição no Senado foi o seguinte:
· Davi
Alcolumbre (DEM-AP) - 42 votos.
· Esperidião
Amin (PP-SC) - 13 votos.
· Angelo
Coronel (PSD-BA) - 8 votos.
· Reguffe (sem
partido-DF) - 6 votos.
· Renan
Calheiros (MDB-AL) - 5 votos.
· Fernando
Collor (Pros-AL) - 3 votos.
A
vitória de Davi Alcolumbre foi precedida de:
Em reportagem
do G1, logo após o anúncio da vitória, Davi Alcolumbre assumiu a cadeira de
presidente. Ele cumprimentou todos os concorrentes, inclusive Renan Calheiros.
Disse que dará ao rival o mesmo tratamento conferido aos demais colegas.
E
afirmou: "Quero dizer ao senador Renan Calheiros que terá dessa
presidência o mesmo tratamento que todos os partidos devem ter", afirmou.
De
acordo com o G1, o novo presidente do Senado destacou a importância
de "reunificar" a Casa e afirmou que não conduzirá os trabalhos com
“revanchismo”. Segundo ele, a condição de adversários é "passageira",
enquanto as instituições são permanentes.
Disse
Alcolumbre: "Deixo claro também que não conduzirei um Senado de
revanchismo. Os meus adversários terão, todos eles, de minha parte, pujante
disposição para o diálogo e cooperação", declarou. Alcolumbre declarou
que, a depender da condução dele, a sessão na qual se elegeu presidente terá
sido a "derradeira sessão do segredismo, do conforto enganoso do voto
secreto". O parlamentar afirmou que na Casa não haverá senadores de alto
ou de baixo clero. “Todos serão tratados com a mais absoluta deferência e
respeito”, garantiu. Alcolumbre pediu "desculpas pelos ultrajes que
apequenaram o Senado" e disse que terá "grande espírito público"
na função de presidente.
"Espero
deixar esta Casa com o país retomando os trilhos, enfrentando as reformas
complexas com a urgência que nosso país reclama", declarou.
Depois
de saber que estava sendo traído, sobretudo por alguns colegas de MDB, Renan
Calheiros retirou candidatura à Presidência do Senado. Ocupando a tribuna,
o senador fez um discurso nervoso e contundente. "Estou saindo do processo
por entendê-lo deslegitimado", afirmou. Decisão foi tomada após alguns
parlamentares começarem a declarar seus votos.
Conheço
Renan Calheiros há muitos anos e somente uma vez nos cumprimentamos. Nunca
bajulei políticos, embora tenha alguns jornalistas que o façam. E sei que ele
não deixará isso como está e partirá para a forra. Nunca foi de matar e mandar
matar ninguém. Seu jeito de agir é outro. Ele agora já sabe o que a
ex-presidente Dilma sofreu e aconteceu com ela. Só estamos assistindo os
primeiros capítulos dessa longa novela.
Senadores
de seu próprio Partido Político o traíram, principalmente a novata do MDB,
Simone Tebet. Com certeza também teve um empurrãozinho de seus
"amiguinhos", Collor de Mello e Rodrigo Cunha, da bancada de
senadores de Alagoas.
Quando
aquele rapaz, de 41 anos, ficou praticamente sentado o dia todo de sexta-feira
conduzindo a eleição no Senado, já sabia que algo iria acontecer nesse sábado.
E não deu outra: ele acabou sendo eleito em 2ª votação com 42 votos.
E
para quem acredita que Renan Calheiros acabou, está redondamente enganado. A
Velha Raposa da Política ainda tem bastante fôlego. Aguardem os próximos
capítulos.
O
DEM presidirá a Câmara dos Deputados e o Senado da República.