Artigo – A mutação
dos vírus influenza, H1N1 e H3N2. Roberto Ramalho jornalista, servidor da
Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas e pesquisador. 1ª parte.
O Brasil já registra
41 mortes pelo vírus da gripe influenza este ano. Mas esses dados ainda estão
mascarados. Eles saíram no Boletim Epidemiológico do Ministério da
Saúde (1). Média de idade das vitimas é de 57 anos. A maior parte é do
Sudeste.
A maioria das mortes
já poderia ser evitada se o governo tivesse antecipado a vacinação. Chove muito
em todo o País como jamais visto e isso contribui para a queda da temperatura.
A baixa temperatura e
a poluição atmosférica contribuem também para o surgimento das doenças
respiratórias. A aglomeração de pessoas em ambientes fechados é um convite para
vírus e bactérias que causam problemas respiratórios. Pisar no chão frio ou
dormir com os cabelos molhados, no entanto, não têm relação com os
diagnósticos.
A vacina aplicada
contra a gripe é tão importante que ela pode evitar que alguém venha a ter doenças
no coração. Esse foi o resultado de um estudo apresentado num congresso de
cardiologia realizado em Orlando, na Flórida. De acordo com a pesquisa, a
vacinação anual contra a doença reduz à metade o risco de insuficiência
cardíaca. Da mesma forma também já existem estudos comprovando que a vacinação
ano após ano consegue diminuir casos de gripe mais severa, inclusive evitando
mortes. A descoberta foi feita por pesquisadores espanhóis, que avaliaram
o impacto da vacina contra a doença em pessoas com mais de 65 anos. Resultados
mostraram que a imunização é eficiente em evitar internação em 31% dos casos.
Com a chegada do
outono o vírus Influenza, causador das gripes, já está começando a
circular com mais intensidade no país. Além do vírus H1N1, também conhecida
como gripe influenza tipo A ou gripe suína, alguns estados já registraram os
primeiros casos de infecção pelo H3N2, como Goiás e o Distrito Federal, com
mortes. Um novo tipo do vírus Influenza que só nos Estados
Unidos infectou mais de 47 mil pessoas e provocou diversas mortes, principalmente
de crianças e idosos já circula também no Brasil. Trata-se do H3N2.
Segundo o último
informe epidemiológico, divulgado pela Secretaria de Vigilância em
Saúde do Ministério da Saúde (2), já são 15 os estados brasileiros que
registraram mais de 60 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave, (SARS, na
sigla em inglês), causado pelo Influenza A (H3N2), resultando
em 10 mortes este ano, sendo pelo menos oito casos em São Paulo.
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