Governo
do Rio de Janeiro interpela ministro da Justiça no STF. Fachim será o relator. Roberto
Ramalho jornalista.
Depois de ser acusado pelo ministro da Justiça,
Torquato Jardim, de ser conivente com a corrupção na Polícia Militar, o governo
estadual partiu para o contra-ataque e já o interpelou judicialmente por meio uma
ação no Supremo Tribunal Federal (STF). A informação foi dada pelo prestigiado
jornalista e colunista do jornal O GLOBO,
Ancelmo Gois em seu blog.
Coube ao ministro Edson Fachin, do Supremo
Tribunal Federal (STF) – que foi sorteado para analisar uma interpelação
judicial apresentada pelo governo do Rio de Janeiro contra o ministro da
Justiça, Torquato Jardim, analisar o mérito da questão.
Na interpelação, a Procuradoria Geral do Estado pede
que o ministro da Justiça seja intimado a informar os nomes de agentes públicos
supostamente ligados ao crime organizado no Rio de Janeiro. Ao final do pedido,
o órgão requer que o processo tramite em segredo de Justiça.
Torquato Jardim afirmou que a Polícia Militar do Rio de
Janeiro não é controlada por Pezão e pelo secretário de Segurança, Roberto Sá,
mas está sob comando de um "acerto com deputado estadual e o crime
organizado".
"Desafio as autoridades fluminenses a provarem que
estou errado sobre as conexões de comandantes da PM do Rio e o crime
organizado", disse o ministro. "Embora as investigações da
inteligência federal não se voltem para condutas individuais ou batalhões específicos,
os dados apontam a necessidade de apurar toda uma linha de comando. A tarefa,
porém, é da Corregedoria da PM, que recebe as informações dos órgãos
federais", acrescentou depois.
As declarações levaram políticos e autoridades do estado
do Rio a reagir, pedindo provas e explicações públicas do ministro. Na
interpelação enviada a Suprema Corte, o governo do Rio pede não só os nomes dos
agentes públicos, como, também, documentos que atestem as declarações para
"possibilitar a adoção das medidas administrativas e judiciais cabíveis".
Isso ainda vai dar o que falar.
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