Relatório de PEC que restringe foro privilegiado é aprovado na CCJ da
Câmara. STF terminará de analisar a questão nessa quinta-feira. Roberto Ramalho
jornalista.
A Proposta de Emenda Constitucional de autoria do deputado Efraim Filho,
do DEM, que prevê o fim do foro privilegiado em casos de crimes comuns foi aprovado
nessa quarta-feira.
A proposta mantém o benefício para os cargos de presidentes da República,
da Câmara, do Senado e do Supremo Tribunal Federal.
Os debates sobre o foro privilegiado em julgamento pelo STF foi iniciada em
junho deste ano. Ainda durante a discussão, no mesmo dia o ministro Alexandre
de Moraes pediu mais tempo para analisar o caso, o que interrompeu o seu trâmite.
Até
o presente momento acompanharam a posição do ministro Luís Barroso, seus colegas Marco Aurélio Mello,
Rosa Weber e a presidente do Supremo, ministra Cármen Lúcia, que anteciparam o
voto.
Tudo indica que o
Supremo Tribunal Federal (STF) deverá formar maioria para restringir o foro
privilegiado. Segundo o voto do relator, Luís Barroso, os políticos só terão direito ao foro se o
crime do qual forem acusados tiver sido cometido no exercício do mandato ou for
relacionado ao cargo que ocupam. Celso de Mello, Luiz Fux e Edson Fachin deram
sinais de que concordam com uma restrição ao foro.
O foro privilegiado
– que na verdade é foro de prerrogativa de função -, está previsto na
Constituição de 1988 e é um direito dado a autoridades públicas de serem
processadas somente por cortes especiais. Atualmente, 54.990 pessoas
têm esse privilégio no Brasil.
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