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Jornalista envolvido e preocupado com questões sociais e políticas que afligem nossa sociedade, além de publicar matérias denunciando pessoas ou entidades que praticam atos contra o interesse público e agindo, sempre, em defesa da sociedade.

sábado, 16 de setembro de 2017


Alagoas: 200 anos: um Estado que ainda precisa se desenvolver. Roberto Ramalho é advogado, relações públicas e jornalista.

Alagoas é uma das 27 unidades federativas do Brasil e em termos territoriais o penúltimo menor estado da Federação, ficando somente a frente de Sergipe. Está situado no leste da região Nordeste e tem como limites Pernambuco (N e NO), Sergipe (S), Bahia (SO) e o Oceano Atlântico (L). 

Alagoas ocupa uma área de 27.778,506 km², sendo ligeiramente maior que o Haiti. Sua capital é a cidade de Maceió com aproximadamente um milhão e trezentos mil habitantes, sendo a sede administrativa o Palácio República dos Palmares. O atual governador é  Renan Filho (PMDB), sendo eleito em 2014.

Um estudo da Universidade Federal de Alagoas (UFAL) realizado em 2013 mostrava que o crescimento acumulado do Produto Interno Bruto (PIB) estadual tinha alcançado 25,7%, entre 2002 e 2009, mas que tinha ficado abaixo da média nordestina daquele período, 32,8%. Nosso desempenho econômico havia ficado abaixo do registrado em Pernambuco (29,2%), Bahia (32,7%) e Ceará (32,9%), os três Estados mais dinâmicos da região que mais cresce em todo o País.

Alagoas também não havia superado Sergipe, que cresceu 37,1% naquele intervalo. O drama é acentuado em razão de Alagoas já ter se posicionado entre as quatro maiores do Nordeste.

Lamentavelmente pouco se tem a comemorar nos 200 anos de Alagoas. O governo iniciou diversas obras, como duplicação e asfaltamento e construção de novas estradas e construção de novos hospitais. O problema é que o investimento será muito grande, o que fará com que muitas delas não avancem. Provavelmente, se o governador Renan Filho seja reeleito outro candidato vier a ganhar a próxima eleição, exista a possibilidade da conclusão.

Em qualquer economia existem três setores: o Setor primário, o Setor secundário, e o Setor terciário.

No setor primário, dentre os principais produtos agrícolas cultivados no Estado destacam-se o coco, a cana-de-açúcar, o abacaxi, o feijão, o fumo, a mandioca, o algodão, o arroz e o milho. 

Embora o estado Alagoas seja o maior produtor de cana-de-açúcar do nordeste e um dos maiores produtores de açúcar do mundo e a Rússia seja seu maior comprador, como um total de 75% consumido por este país, ainda assim o que entra de dinheiro em dólares ainda é muito pouco. 

Na pecuária, temos as criações de eqüinos, bovinos, caprinos, ovinos, suínos de aves, e bubalinos. Praticamente com as sucessivas crises por falta de chuva na região da bacia leiteira, algumas das fábricas produtoras de derivados de leite fecharam.

Somente nesse ano com um período chuvoso equitativo e qualitativo pode ter melhorado a situação, mas os problemas persistem.

No setor secundário temos reservas minerais de salgema, além do fato de Alagoas ser o maior produtor de gás natural do Brasil, tendo a empresa ALGÁS como a responsável, além do petróleo, embora Sergipe fique com a maior fatia.

A atividade industrial ainda responde como o subsetor químico, por meio da produção de açúcar e álcool, de cimento - iniciou a construção de uma fábrica com investimentos de alagoanos -, e o processamento de alimentos. Destaca-se a instalação de novas indústrias em Alagoas, tendo, em pouco mais de cinco anos, chegado umas vinte, a grande maioria do ramo de plásticos. Não há como destacar que as empresas que se instalam em Alagoas estão em um franco desenvolvimento, caracterizando uma oportunidade para investimento na região Nordeste.

A indústria da cultura canavieira na economia do estado atinge 45 por cento de investimentos, porém, é inegável que a atividade que está contribuindo significativamente para a melhoria da economia alagoana seja o turismo, representando uma fatia de 23%, seguidas da indústria alimentícia, com 20% e a de química e mineração, com 12%.

Já faz algum tempo que Alagoas vem se destacando por ser um dos estados da federação mais procurados no Brasil pelos turistas, notadamente estrangeiros vindos principalmente dos Estados Unidos, Alemanha, Argentina, Itália e da Inglaterra. 

Nos últimos anos houve um crescimento do ramo de turismo com a chegada de brasileiros e também de estrangeiros, que vem visitar nossas praias graças, sobretudo, as melhorias realizadas pelo e então governador Ronaldo Lessa no Aeroporto de Maceió e na infraestrutura hoteleira do Estado, se destacando a cidade de Maragogi como um excepcional pólo de atração turística com seus bem estruturados hotéis. 

Observa-se que o litoral norte, e, repito, especialmente Maragogi e Japaratinga, vem recebendo nos últimos anos grandes empreendimentos de resorts. De acordo com a maior companhia de viagens da América Latina, a CVC, Maceió ocupa a terceira posição entre as capitais mais procuradas do Brasil.

Por sua vez, o Aeroporto Internacional Zumbi dos Palmares está localizado na Região Metropolitana de Maceió, entre a capital Maceió e a cidade de Rio Largo e é considerado um dos maiores em relação ao tamanho do terminal de passageiros, dentre os aeroportos do Nordeste.

A cidade de Maceió iniciou seu desenvolvimento econômico e comercial com o Porto de Jaraguá, que fica a poucos quilômetros de distância da lagoa Mundaú. É nesse local que fez surgir uma grande povoação que recebeu o nome da cidade. O Porto de Jaraguá é considerado pelos especialistas um "porto natural" que facilita o atracamento de embarcações, sobretudo de navios de carga que vem abastecer, com destaque ainda para o açúcar e o álcool. Na época da colonização os produtos mais exportados foram fumo, coco, especiarias e principalmente o açúcar. 

Hoje o porto de Maceió é o 3º principal do nordeste, e o 8º do Brasil e atualmente começam a atracar Navios Cargueiros, e os Cruzeiros que sempre vem para a cidade. Com o estabelecimento de um estaleiro de médio porte no Porto de Jaraguá Alagoas poderá crescer ainda mais e se desenvolver.

Em relação ao Estaleiro Eisa, com a mudança de localização, não mais em área de Mangue, o maior interessado na obra simplesmente desistiu em face do elevado investimento já feito e por não mais ter condições de concretizá-lo. Tudo acabou esquecido.

Referência.


Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). "Área Territorial Oficial - Consulta por Unidade da Federação".  Consultado em 12 de setembro de 2017.

Suapesquisa.com (Estados brasileiros). "Estado de Alagoas". Consultado em 13 de setembro de 2017;




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