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sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013



A folgada vitória de Renan Calheiros para a presidência do Senado

Jornalista Roberto Cavalcanti

O Senado elegeu nesta sexta-feira (1º), com 56 votos, o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) como novo presidente da Casa e do Congresso Nacional. 

Indicado pelo PMDB, em razão do partido ter a maior bancada do Senado, e alvo de denúncia da Procuradoria Geral da República, Renan Calheiros assume pela segunda vez o comando do Poder Legislativo.

Renan disputou o posto com Pedro Taques (PDT-MT), que teve apoio de partidos da oposição e de senadores denominados "independentes", que não costumam seguir orientação partidária. Taques teve 18 votos. Dois senadores votaram em branco e dois senadores votaram nulo.

Dessa forma, o Senado da República elegeu, com folga, o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) para a presidência da Casa. 

Para quem está respondendo a três crimes no Poder Judiciário, sua vitória foi uma proeza e tanto. O parlamentar alagoano, de Murici, é alvejado por denúncias e por um coro de reprovações. Contra ele circula na internet um abaixo-assinado com mais de 250 mil subscrições.

À volta por cima do senador Renan Calheiros representa uma vitória pessoal dele e não tem paralelo: renunciou à presidência do Senado para evitar, em votação de seus pares, a cassação do mandato. O apoio que recebeu naquela época, em sessão secreta, explica a liderança que exerce até hoje e também o seu sucesso ao percorrer o caminho de volta ao posto que sempre desejou.

Renan Calheiros é um sobrevivente na política nacional. Além de ter sido ex-líder do governo Collor de Mello na Câmara dos Deputados, rompeu com o ex-presidente e sobreviveu à campanha pró-impeachment que o levou à renúncia. 

Como ex-ministro da Justiça do governo Fernando Henrique Cardoso, ele voltou ao topo da política ao presidir o Senado durante o governo Lula. Agora, novamente reassumirá o comando do Congresso Nacional sem oposição da presidente Dilma Rousseff, que fazia restrição a sua eleição. 

Considerado um político frio e bem-humorado, é visto por seus pares o melhor estrategista do Senado.

Nas contas de Renan Calheiros, do total de 81 senadores ele já esperava os 56 votar a favor de sua eleição, já contabilizados os votos contrários da turma que apoia a candidatura de Pedro Taques (PDT-MT), exercendo o 1º mandato de senador, tendo, inclusive, os quatro senadores do PSB, que decidiram romper nesta semana. 

Não houve traições nas bancadas do PT, do PSDB e do DEM. Renan Calheiros nunca contou com os dissidentes do PMDB, principalmente Pedro Simon do PMDB-RS, seu velho desafeto.

OBS: Sua vitória no Senado o leva a se tornar o candidato mais forte para vencer o governo de Alagoas. Outro sonho acalentado.

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