Artigo – O uso do nome de Jesus Cristo pelos evangélicos visando propagar os valores do nazifascismo no Brasil. Roberto Jorge é Advogado, Jornalista e católico progressista.
A "Marcha para
Jesus" – Cristo não era e nunca foi militar - é uma manifestação
religiosa evangélica que se tornou um evento anual popular no Brasil e em
outros países.
O conceito de "Deus,
Pátria e Família" é um lema com raízes históricas e ideológicas
diversas, sendo utilizado em contextos como a Ação Integralista Brasileira
(AIB), um movimento conhecido como "fascismo brasileiro", e em
discursos políticos atuais.
O significado da "Marcha
para Jesus", que se fosse algo sério e responsável teria a denominação
de “Caminhada com ou para Jesus” e o uso desse lema por entidades
evangélicas requer análise crítica, pois a relação entre religião, política e
ideologia é complexa e pode ser interpretada de diferentes formas.
2. Significado da Marcha
para Jesus. Manifestação religiosa? Celebração da fé?
A Marcha para Jesus é, para
os pregadores evangélicos – pastores, bispos, missionários, apóstolos entre
outros – é essencialmente, uma demonstração pública de fé, com o objetivo de
celebrar e propagar a mensagem evangélica. Portanto, para eles e para os
seguidores e apoiadores da Religião na vertente evangélica é uma forma de
expressarem sua fé e unidade, com o apoio de orações, louvores e mensagens
bíblicas.
3. Mobilização e
influência:
A marcha também pode ser
vista como uma forma de mobilização e influência política, especialmente em
contextos onde o cristianismo evangélico tem grande representatividade,
sobretudo, em políticos, profissionais liberais, empresários, comerciantes,
motoristas de aplicativos, taxistas, comerciários em geral, produtores rurais,
lavradores, entre outras pessoas, associados a quem prega o neoconservadorismo
nas ideias e nos costumes e que estão próximos da ideologia política FASCISTA
E NAZISTA.
3. O lema "Deus,
Pátria e Família". História. Contexto da Ação Integralista Brasileiro. Utilização
em discursos políticos
O lema "Deus,
Pátria e Família" tem raízes históricas no fascismo italiano e no
nacionalismo alemão, sendo utilizado para enfatizar a importância da família,
da nação e da religião como pilares da sociedade. De acordo com a
Wikipedia.
No Brasil, a Ação
Integralista Brasileira (AIB)
adotou o lema, associando-o à sua visão de um estado nacionalista, tradicional
e religioso.
O lema "Deus,
Pátria e Família" é frequentemente utilizado em discursos políticos,
especialmente por políticos conservadores e religiosos, para transmitir uma
mensagem de unidade, tradição e valorização dos princípios religiosos.
Nos anos de 1930, quando
do nazifascismo europeu em plena ascensão, o integralismo, inspirado no fascio2 de Benito Mussolini e de
Adolf Hitler (PEREIRA, NETO, 2020), mobilizava sentidos muito particulares de “Deus”,
de “pátria” e de “família”. Decorridos quase um século, quando das eleições
de 2018, observam-se paráfrases desse lema na fala e nos slogans de
campanha do então candidato à presidência Jair Bolsonaro, que passa a não só
retomar o lema integralista em paráfrases, como também a adotá-lo em sua
integralidade nas lives que promove nas redes sociais.
Jair Messias Bolsonaro
acabou sendo eleito ao derrotar o candidato petista Fernando Haddad no 2º turno,
após o provável candidato da centro-esquerda e esquerda no Brasil, Luís Inácio
Lula da Silva ter sido preso após decisão polêmica do então juiz parcial Sérgio
Moro, que se tornaria ministro da Justiça no governo do candidato da
extrema-direita, e o Supremo Tribunal Federal negar um Habeas Corpus por seis
votos contrários e cinco favoráveis, em face da pressão das forças Armadas,
representada na figura do então comandante do Exército Villa Bôas, um general
FASCISTA e que com sua mensagem ameaçadora pelo então Twitter (X), ameaçar as
instituições democráticas e o próprio órgão máximo do Poder Judiciário.
Nas eleições de 2018, os
evangélicos tiveram papel predominante e fundamental na vitória eleitoral de Jair
Bolsonaro. Inclusive ficou registrado na memória recente dos brasileiros
cristãos e não cristãos a lembrança das mãos fazendo alusão as “arminhas”.
Os pastores de forma
organizada se transformaram em cabos eleitorais do bolsonarismo. De acordo
com o Observatório do Legislativo Brasileiro (OLB), do Instituto de Estudos
Sociais e Políticos da UERJ, a Frente Evangélica no Congresso Nacional
representa mais de 30% da população e 24% do
eleitorado brasileiro e a maioria apoiou o governo Bolsonaro e defendo que
ele seja anistiado pela tentativa de Golpe de Estado, ruptura e abolição do
Estado de Direito Democrático e, organização criminosa e outros crimes a ele
imputados.
4. Relação entre Marcha
para Jesus e o lema. Possível associação. Diferenças. Contexto e interpretação
Embora a Marcha para
Jesus não seja diretamente relacionada ao fascismo, o uso do lema "Deus,
Pátria e Família" por algumas entidades evangélicas pode ser
interpretado como uma forma de reforçar a mensagem de unidade, tradição e
valorização dos princípios religiosos, que podem ser compatíveis com algumas
ideias nacionalistas, autoritárias e ideologicamente ligadas e incorporadas
pela ideologia FASCISTA.
É importante notar que a
Marcha para Jesus não é um movimento político, mas sim uma manifestação
religiosa, e que nem todas as entidades evangélicas associam o lema à ideia de Fascismo.
A relação entre a Marcha para Jesus e o lema "Deus, Pátria e
Família" pode ser interpretada de diferentes formas, dependendo do
contexto e da perspectiva de quem a analisa.
Nesse dia 19 de junho em
que é comemorado 33 anos da “Marcha para Jesus”, cujo principal expoente
é o apóstolo Estevan Hernandes, que lidera a 33ª edição da marcha em São Paulo,
na Avenida Paulista, berço do Fascismo brasileiro, onde estão situados a
Federação Nacional de Bancos – Febraban – a Bolsa de valores, e as sedes dos
representantes das comunidades judias-sionistas-fascistas
Ele ressalta que, apesar
da existência de diferenças nas pautas políticas, não é razoável exigir que
alguém não vote no Partido dos Trabalhadores (PT). Ele observa que a
diversidade de opiniões e votos dentro da Igreja é natural.
Fundador da Igreja
Renascer em Cristo, Hernandes apoiou a candidatura de Jair Bolsonaro nas
eleições de 2022 e manifestou que idealiza uma chapa presidencial para 2026,
com Tarcísio de Freitas, atual governador de São Paulo, na presidência e
Michelle Bolsonaro como vice. Ele também expressa interesse em ver Ricardo
Nunes, atual prefeito de São Paulo, como governador do estado.
Marcha para Jesus está
reunindo Tarcísio de Freitas, que quando esteve sob as ordens do general
Augusto Heleno, comandante das tropas da
ONU no início dos anos 2000, como um dos
subordinados na patente de capitão, assassinou 63 haitianos numa favela e que
estavam desarmados e indefesos, além do prefeito Ricardo Nunes, cujo partido
político MDB se vendeu ao bolsonarismo-fascismo em São Paulo, o ministro André
Mendonça, também um fascista e mau magistrado, e, Jorge Messias, ministro da Advocacia Geral da União,
o único representante da ala esquerda do governo Lula presente ao evento..
Marcha para Jesus chega
à 33ª edição; 21 atrações de música gospel estão confirmadas no evento, que
percorre a Avenida Tiradentes da Luz ao Campo de Marte.
Além de apresentações de música gospel, discursaram no evento Valdemar Costa Neto, presidente nacional do PL, Gilberto Kassab, dirigente do PSD, Rodrigo Manga (Republicanos), prefeito de
Sorocaba, Jorge Messias, advogado-geral da União (AGU), Nunes e
Tarcísio. Tanto o prefeito quanto o governador foram homenageados com orações.
Tarcísio, além da reza, ganhou um coro de parabéns. O governador completa 50
anos nesta quinta.
Um aspecto importante a ser observado é que Tarcísio de Freitas estava
enrolado numa bandeira de Israel, país que iniciou uma guerra contra o Irã.
Durante o evento, o presidente da Confederação Israelita do Brasil, Claudio
Lottenberg, um FASCISTA travestido de cristão e democrata, agradeceu o
apoio da comunidade evangélica. Disse ele: “No momento em que o mundo vira
as costas, vocês têm nos dado força (…). Israel está aqui ao lado dos irmãos
evangélicos”.
No entanto, no
manifesto da AIB, os sentidos do discurso fascista brasileiro e sua relação com
a manutenção do capitalismo no país “Deus, pátria, família”, foi declarado o
seguinte:
Deus dirige os destinos
dos povos.
[...] O homem vale pelo trabalho, pelo sacrifício em favor da Família,
da Pátria e da Sociedade. [...]toda superioridade provém de uma
só superioridade que existe acima dos homens: a sua comum e sobrenatural
finalidade. Esse é um pensamento profundamente brasileiro, que vem das
raízes cristãs da nossa História e está no íntimo de todos os corações. (Manifesto
de 7 de outubro de 1932, Ação Integralista Brasileira).
Conclusão
A Marcha para Jesus é considerada
uma manifestação religiosa importante, que celebra a fé evangélica. O lema
"Deus, Pátria e Família" é um tema complexo, com raízes
históricas e ideológicas diversas, que pode ser utilizado em contextos
políticos e sociais diferentes. É importante analisar criticamente o uso
desse lema por entidades evangélicas, considerando seu significado e a relação
entre religião, política e ideologia.
A "Marcha para
Jesus" é uma manifestação religiosa evangélica que se tornou um evento
anual popular no Brasil e em outros países. O conceito de "Deus,
Pátria e Família" é um lema com raízes históricas e ideológicas
diversas, sendo utilizado em contextos como a Ação Integralista Brasileira
(AIB), um movimento conhecido como "fascismo brasileiro", e em
discursos políticos atuais.
O significado da "Marcha
para Jesus" e o uso desse lema por entidades evangélicas requer
análise crítica, pois a relação entre religião, política e ideologia é complexa
e pode ser interpretada de diferentes formas.
Para quem não sabe a
História, não estuda e nunca estudou, Israel não reconhece Jesus Cristo como o ‘messias’,
o salvador’, tendo a elite política e econômica da época, encabeçada por Caifás,
tê-lo assassinado, juntamente com o Império Romano representado por Pôncio
Pilatos.