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quinta-feira, 19 de junho de 2025

Artigo – O uso do nome de Jesus Cristo pelos evangélicos visando propagar os valores do nazifascismo no Brasil. Roberto Jorge é Advogado, Jornalista e católico progressista.  

Slogan do INTEGRALISMO (SIGMA) representante do FASCISMO no Brasil

1. Introdução

A "Marcha para Jesus" – Cristo não era e nunca foi militar - é uma manifestação religiosa evangélica que se tornou um evento anual popular no Brasil e em outros países. 

O conceito de "Deus, Pátria e Família" é um lema com raízes históricas e ideológicas diversas, sendo utilizado em contextos como a Ação Integralista Brasileira (AIB), um movimento conhecido como "fascismo brasileiro", e em discursos políticos atuais. 

O significado da "Marcha para Jesus", que se fosse algo sério e responsável teria a denominação de “Caminhada com ou para Jesus” e o uso desse lema por entidades evangélicas requer análise crítica, pois a relação entre religião, política e ideologia é complexa e pode ser interpretada de diferentes formas.

2. Significado da Marcha para Jesus. Manifestação religiosa? Celebração da fé?

A Marcha para Jesus é, para os pregadores evangélicos – pastores, bispos, missionários, apóstolos entre outros – é essencialmente, uma demonstração pública de fé, com o objetivo de celebrar e propagar a mensagem evangélica. Portanto, para eles e para os seguidores e apoiadores da Religião na vertente evangélica é uma forma de expressarem sua fé e unidade, com o apoio de orações, louvores e mensagens bíblicas.

3. Mobilização e influência:

A marcha também pode ser vista como uma forma de mobilização e influência política, especialmente em contextos onde o cristianismo evangélico tem grande representatividade, sobretudo, em políticos, profissionais liberais, empresários, comerciantes, motoristas de aplicativos, taxistas, comerciários em geral, produtores rurais, lavradores, entre outras pessoas, associados a quem prega o neoconservadorismo nas ideias e nos costumes e que estão próximos da ideologia política FASCISTA E NAZISTA.  

3. O lema "Deus, Pátria e Família". História. Contexto da Ação Integralista Brasileiro. Utilização em discursos políticos

O lema "Deus, Pátria e Família" tem raízes históricas no fascismo italiano e no nacionalismo alemão, sendo utilizado para enfatizar a importância da família, da nação e da religião como pilares da sociedade. De acordo com a Wikipedia.

No Brasil, a Ação Integralista Brasileira (AIB) adotou o lema, associando-o à sua visão de um estado nacionalista, tradicional e religioso.

O lema "Deus, Pátria e Família" é frequentemente utilizado em discursos políticos, especialmente por políticos conservadores e religiosos, para transmitir uma mensagem de unidade, tradição e valorização dos princípios religiosos.

Nos anos de 1930, quando do nazifascismo europeu em plena ascensão, o integralismo, inspirado no fascio2 de Benito Mussolini e de Adolf Hitler (PEREIRA, NETO, 2020), mobilizava sentidos muito particulares de “Deus”, de “pátria” e de “família”. Decorridos quase um século, quando das eleições de 2018, observam-se paráfrases desse lema na fala e nos slogans de campanha do então candidato à presidência Jair Bolsonaro, que passa a não só retomar o lema integralista em paráfrases, como também a adotá-lo em sua integralidade nas lives que promove nas redes sociais.

Jair Messias Bolsonaro acabou sendo eleito ao derrotar o candidato petista Fernando Haddad no 2º turno, após o provável candidato da centro-esquerda e esquerda no Brasil, Luís Inácio Lula da Silva ter sido preso após decisão polêmica do então juiz parcial Sérgio Moro, que se tornaria ministro da Justiça no governo do candidato da extrema-direita, e o Supremo Tribunal Federal negar um Habeas Corpus por seis votos contrários e cinco favoráveis, em face da pressão das forças Armadas, representada na figura do então comandante do Exército Villa Bôas, um general FASCISTA e que com sua mensagem ameaçadora pelo então Twitter (X), ameaçar as instituições democráticas e o próprio órgão máximo do Poder Judiciário.

Nas eleições de 2018, os evangélicos tiveram papel predominante e fundamental na vitória eleitoral de Jair Bolsonaro. Inclusive ficou registrado na memória recente dos brasileiros cristãos e não cristãos a lembrança das mãos fazendo alusão as “arminhas”.

Os pastores de forma organizada se transformaram em cabos eleitorais do bolsonarismo. De acordo com o Observatório do Legislativo Brasileiro (OLB), do Instituto de Estudos Sociais e Políticos da UERJ, a Frente Evangélica no Congresso Nacional representa   mais de 30% da população e 24% do eleitorado brasileiro e a maioria apoiou o governo Bolsonaro e defendo que ele seja anistiado pela tentativa de Golpe de Estado, ruptura e abolição do Estado de Direito Democrático e, organização criminosa e outros crimes a ele imputados.

4. Relação entre Marcha para Jesus e o lema. Possível associação. Diferenças. Contexto e interpretação

Embora a Marcha para Jesus não seja diretamente relacionada ao fascismo, o uso do lema "Deus, Pátria e Família" por algumas entidades evangélicas pode ser interpretado como uma forma de reforçar a mensagem de unidade, tradição e valorização dos princípios religiosos, que podem ser compatíveis com algumas ideias nacionalistas, autoritárias e ideologicamente ligadas e incorporadas pela ideologia FASCISTA.

É importante notar que a Marcha para Jesus não é um movimento político, mas sim uma manifestação religiosa, e que nem todas as entidades evangélicas associam o lema à ideia de Fascismo. A relação entre a Marcha para Jesus e o lema "Deus, Pátria e Família" pode ser interpretada de diferentes formas, dependendo do contexto e da perspectiva de quem a analisa.

Nesse dia 19 de junho em que é comemorado 33 anos da “Marcha para Jesus”, cujo principal expoente é o apóstolo Estevan Hernandes, que lidera a 33ª edição da marcha em São Paulo, na Avenida Paulista, berço do Fascismo brasileiro, onde estão situados a Federação Nacional de Bancos – Febraban – a Bolsa de valores, e as sedes dos representantes das comunidades judias-sionistas-fascistas

Ele ressalta que, apesar da existência de diferenças nas pautas políticas, não é razoável exigir que alguém não vote no Partido dos Trabalhadores (PT). Ele observa que a diversidade de opiniões e votos dentro da Igreja é natural.

Fundador da Igreja Renascer em Cristo, Hernandes apoiou a candidatura de Jair Bolsonaro nas eleições de 2022 e manifestou que idealiza uma chapa presidencial para 2026, com Tarcísio de Freitas, atual governador de São Paulo, na presidência e Michelle Bolsonaro como vice. Ele também expressa interesse em ver Ricardo Nunes, atual prefeito de São Paulo, como governador do estado.

Marcha para Jesus está reunindo Tarcísio de Freitas, que quando esteve sob as ordens do general Augusto Heleno,  comandante das tropas da ONU  no início dos anos 2000, como um dos subordinados na patente de capitão, assassinou 63 haitianos numa favela e que estavam desarmados e indefesos, além do prefeito Ricardo Nunes, cujo partido político MDB se vendeu ao bolsonarismo-fascismo em São Paulo, o ministro André Mendonça, também um fascista e mau magistrado, e,  Jorge Messias, ministro da Advocacia Geral da União, o único representante da ala esquerda do governo Lula presente ao evento..

Marcha para Jesus chega à 33ª edição; 21 atrações de música gospel estão confirmadas no evento, que percorre a Avenida Tiradentes da Luz ao Campo de Marte.

Além de apresentações de música gospel, discursaram no evento Valdemar Costa Neto, presidente nacional do PL, Gilberto Kassab, dirigente do PSD, Rodrigo Manga (Republicanos), prefeito de Sorocaba, Jorge Messias, advogado-geral da União (AGU), Nunes e Tarcísio. Tanto o prefeito quanto o governador foram homenageados com orações. Tarcísio, além da reza, ganhou um coro de parabéns. O governador completa 50 anos nesta quinta.

Um aspecto importante a ser observado é que Tarcísio de Freitas estava enrolado numa bandeira de Israel, país que iniciou uma guerra contra o Irã.

Durante o evento, o presidente da Confederação Israelita do Brasil, Claudio Lottenberg, um FASCISTA travestido de cristão e democrata, agradeceu o apoio da comunidade evangélica. Disse ele: “No momento em que o mundo vira as costas, vocês têm nos dado força (…). Israel está aqui ao lado dos irmãos evangélicos”.

No entanto, no manifesto da AIB, os sentidos do discurso fascista brasileiro e sua relação com a manutenção do capitalismo no país “Deus, pátria, família”, foi declarado o seguinte:

Deus dirige os destinos dos povos. [...] O homem vale pelo trabalho, pelo sacrifício em favor da Família, da Pátria e da Sociedade. [...]toda superioridade provém de uma só superioridade que existe acima dos homens: a sua comum e sobrenatural finalidade. Esse é um pensamento profundamente brasileiro, que vem das raízes cristãs da nossa História e está no íntimo de todos os corações. (Manifesto de 7 de outubro de 1932, Ação Integralista Brasileira).

Conclusão

A Marcha para Jesus é considerada uma manifestação religiosa importante, que celebra a fé evangélica. O lema "Deus, Pátria e Família" é um tema complexo, com raízes históricas e ideológicas diversas, que pode ser utilizado em contextos políticos e sociais diferentes. É importante analisar criticamente o uso desse lema por entidades evangélicas, considerando seu significado e a relação entre religião, política e ideologia.

A "Marcha para Jesus" é uma manifestação religiosa evangélica que se tornou um evento anual popular no Brasil e em outros países. O conceito de "Deus, Pátria e Família" é um lema com raízes históricas e ideológicas diversas, sendo utilizado em contextos como a Ação Integralista Brasileira (AIB), um movimento conhecido como "fascismo brasileiro", e em discursos políticos atuais

O significado da "Marcha para Jesus" e o uso desse lema por entidades evangélicas requer análise crítica, pois a relação entre religião, política e ideologia é complexa e pode ser interpretada de diferentes formas.

Para quem não sabe a História, não estuda e nunca estudou, Israel não reconhece Jesus Cristo como o ‘messias’, o salvador’, tendo a elite política e econômica da época, encabeçada por Caifás, tê-lo assassinado, juntamente com o Império Romano representado por Pôncio Pilatos.

 

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