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Jornalista envolvido e preocupado com questões sociais e políticas que afligem nossa sociedade, além de publicar matérias denunciando pessoas ou entidades que praticam atos contra o interesse público e agindo, sempre, em defesa da sociedade.

quinta-feira, 22 de setembro de 2022

Artigo - Dia da Árvore: nada a comemorar! Roberto Ramalho é advogado, jornalista e Colunista do Portal RP-Bahia. www.ditoconceito.blogspot.com.br

Imagem do Greenpeace
 

1. Considerações Gerais

No 21 de setembro (ontem) é comemorado no Brasil o Dia da Árvore. Um decreto de 1965, do então presidente Castelo Branco, instituiu a data como a Festa Anual das Árvores para difundir a conservação das florestas e divulgar a importância das árvores no bem-estar dos cidadãos.

Vejam que ironia. Quem instituiu o dia foi um presidente militar, marechal Castelo Branco. que governava o Brasil e os brasileiros e que viviam sob um Regime de Exceção, ou seja, uma ditadura.

E o Brasil hoje é governado por um saudosista do Regime Militar, o ex-capitão expulso do Exército, Jair Messias Bolsonaro.

Durante seu governo a até a presente data só houve devastação e destruição dos biomas nacionais.

Essa data tem por objetivo conscientizar a população sobre a importância dessa grande riqueza natural. A data só é comemorada apenas no Brasil e foi escolhida em razão da proximidade com a primavera, que, no Hemisfério Sul, inicia-se no dia 23 de setembro.

Além de sua própria beleza, as árvores têm funções importantes para o meio ambiente. Elas refrescam o ambiente, dão sombra, são barreiras contra o vento, ajudam a manter a umidade do ar, diminuem a poluição, mantêm o solo firme e servem de abrigo para pássaros e outros animais.

As pteridófitas foram as plantas pioneiras que deram origem às primeiras árvores, o que teria ocorrido entre 200 milhões e 300 milhões de anos atrás.

Em 5 de junho de 1972, a ONU (Organização das Nações Unidas) realizava um dos eventos mais importantes sobre meio ambiente em Estocolmo, na Suécia. Uma conferência discutia o futuro ecológico do planeta. Na ocasião, foi instituído o “Dia Mundial do Meio Ambiente”.

2. O que podemos fazer para ajudar as árvores?

  1. Compre produtos de madeira certificada. Jamais fruto de desmatamento. Assim sendo, sempre questione a origem dos produtos feitos de madeira, como móveis e papel.

  2. Evite a carne bovina e prefira produtos certificados.

  3. Reduza o consumo de papel.

  4. Apoie programas de conservação de florestas em geral.

  5. Informe-se sempre e procure conhecer a verdade acessando sites na internet confiáveis.

  6. Use sempre s sua voz em defesa das florestas e do meio ambiente

  7. Reflita sempre!

Para quem não sabe, as árvores reduzem a velocidade dos ventos, a poluição sonora e visual, além de fornecer abrigo e alimentar a fauna.

Quem planta uma árvore atrai os animais para mais perto. Protegem o solo, evitando desgaste, erosão e deslizamento de terra.

3. Quais são as principais causas das queimadas no Brasil?

No Brasil há uma grande quantidade de queimadas, principalmente nos biomas Amazônia e Cerrado. Alguns fatores têm feito as queimadas no Brasil aumentarem, como o avanço do desmatamento e a ampliação das áreas de pastagem e atividades econômicas ligadas à agropecuária.

4. O desmatamento em 2022

O Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) anunciou na no dia 17de setembro que a área de floresta desmatada da Amazônia Legal em 2022 foi a maior dos últimos 15 anos. De agosto de 2021 a julho de 2022, foram derrubados 10.781 km² de floresta, o que equivale a sete vezes a cidade de São Paulo.

5. O que vai acontecer se cortar todas as árvores?

De acordo com reportagem do Site britânico BBC Brasil www.bbcbrasil.com - Sem árvores, as áreas anteriormente florestadas se tornariam mais secas e propensas a secas extremas. Quando a chuva chegasse, as inundações seriam desastrosas. A erosão maciça impactaria os oceanos, sufocando recifes de coral e outros habitats marinhos. Ilhas sem árvores perderiam barreiras contra o avanço do mar.

6. Conclusão

Assim sendo, afirmo que não há nada para comemorar por causa da omissão ou conivência do governo Bolsonaro em não proteger as florestas, o que inclui, notadamente, as árvores. Infelizmente, no mínimo, as Forças Armadas se omitiram na defesa dos biomas brasileiros, sobretudo o Exército.

E os órgãos de defesa do meio ambiente como IBAMA e ICMBIO deixaram de realizar seus serviços em face do desmantelamento e das órdens do Ministério do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis em não aplicar multas contra os infratores.

O maior responsável por isso foi o ex-ministro da pasta, Ricardo Salles, que durante uma reunião ministerial ocorrida em abril de 2020, numa gravação autorizada pelo STF a pedido do então ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro – um mau magistrado e um mau ministro - que havia pedido demissão do cargo em face de pressão do presidente Bolsonaro em relação à segurança de seus filhos no estado do Rio de Janeiro – e era mentira já que cabe ao GSI essa prerrogativa - em plena afirmou textualmente que os ruralistas deveriam passar a boiada enquanto ninguém estava preocupado com a destruição dos biomas e com a imprensa noticiando a pandemia de covid-19.

De acordo com a reportagem do portal da Globo g1, durante a reunião ministerial do dia 22 de abril, o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, alertou os ministros sobre o que considerava ser uma oportunidade trazida pela pandemia da Covid-19: para ele, o governo deveria aproveitar o momento em que o foco da sociedade e da mídia está voltada para o novo coronavírus para mudar regras que podem ser questionadas na Justiça, conforme vídeo divulgado nesta sexta-feira pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Celso de Mello.

De acordo com Salles seria hora de fazer uma “baciada” de mudanças nas regras ligadas à proteção ambiental e à área de agricultura e evitar críticas e processos na Justiça. "Tem uma lista enorme, em todos os ministérios que têm papel regulatório aqui, para simplificar. Não precisamos de Congresso", disse ele. O material integra o inquérito que investiga suposta interferência do presidente Jair Bolsonaro na Polícia Federal, após denúncias do ex-ministro da Justiça Sergio Moro.

Depois da divulgação do vídeo, o ministro se justificou em uma rede social. "Sempre defendi desburocratizar e simplificar normas, em todas as áreas, com bom senso e tudo dentro da lei. O emaranhado de regras irracionais atrapalha investimentos, a geração de empregos e, portanto, o desenvolvimento sustentável no Brasil".

Somente nesse ano foi que a Polícia Federal juntamente com o IBAMA, ICMBIO, Exército e Forças de Segurança de estados da Amazônia, sobretudo com a participação de policiais militares, após intervenção do Supremo Tribunal Federal, é que voltaram a combater o desmatamento, incêndios e mineração ilegal. Porém, tardiamente, infelizmente!

Bolsonaro é um genocida! Um mau governante e deve ser comparado a um dos anticristos descritos na Bíblia. Foi, segundo o ex-presidente Ernesto Geisel, um ‘mau militar’. Peço aos meus leitores que ao lerem esse artigo não votem em Jair Bolsonaro. Um “ser humano” cruel e perverso e incentivador do ódio e da violência.

Referências

1. Organizações das Nações Unidas – ONU.

2. Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon).

3. BBC Brasil – www.bbcbrasil.com.

4. www.g1.globo.com.

5. Supremo Tribunal Federal (STF).

6. Pesquisa em geral no site de busca www.google.com.


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