Bolsonaro
começa a interferir na Polícia Federal nomeando outro aliado dos filhos para o
cargo de diretor-geral. Roberto Ramalho é jornalista, Colunista do portal
RP-Bahia e advogado.
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Em
tempo recorde o presidente Bolsonaro nomeou e depois deu posse ao novo
diretor-geral da Polícia Federal no Palácio do Planalto, numa solenidade
reservado com alguns ministros.
O
novo diretor-geral da Polícia Federal trocará diversos superintendentes,
sobretudo o que trabalha no Rio de janeiro visando os interesses do presidente
Bolsonaro. Ele deverá fazer tudo para blindar os filhos do presidente que estão
sob investigação na PF.
Mudança
é vista com ressalvas, já que Bolsonaro afirmou publicamente interesse em
indicar um nome para a PF do Rio. Atual chefe do órgão no estado será promovido
a diretor-executivo, em Brasília.
Para
defesa de Moro, troca no comando da PF do Rio reforça declarações sobre
intervenção de Bolsonaro.
Segundo
o jornalista e colunista de “O Globo”, Lauro Jardim, com a remoção
de Oliveira para Brasília, ou melhor promoção, Souza cede ao manifesto desejo
de Jair Bolsonaro, que nunca foi simpático à nomeação feita no ano passado pelo
ex-chefe da PF Maurício Valeixo para o estado mais sensível em termos de
investigação para a família Bolsonaro. De acordo com ele (Jardim), Souza agiu
de uma forma política e, porque não, hábil, ao fazer a mudança que o presidente
pedia, de acordo com um experiente delegado da PF: com uma promoção.
Segundo o
Portal UOL, o novo diretor-geral da Polícia Federal, Rolando Alexandre de
Souza, é próximo do delegado que foi barrado pelo Supremo Tribunal Federal
(STF), Alexandre Ramagem. Desde o ano passado, os dois policiais trabalharam na
Agência Brasileira de Inteligência (Abin), que presta assistência ao presidente
da República. A nomeação de Rolando é mais um capítulo da crise entre o
presidente Jair Bolsonaro (sem partido), o ex-ministro Sergio Moro e o próprio
Supremo. Moro deixou o governo acusando o presidente de interferir na
corporação após demitir o ex-diretor da PF, Maurício Valeixo, por telefone.
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