Artigo - O Dia das Mães em tempo
de Covid-19 e os fundamentos da economia. Roberto Ramalho é jornalista e Colunista
do Portal RP-Bahia.
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Levantamento
da Fecomércio-SP prevê queda de 90% nos negócios na comparação com o ano
passado. Tudo em decorrência da pandemia provocada pelo Covid-19.
Ainda
assim, milhares de estabelecimentos comerciais em todo o Brasil estão abrindo
as portas para venderem seus produtos aos consumidores que pretendem homenagear
suas mães, mesmo arriscando suas vidas e as do próximo.
Em
Alagoas, sobretudo Maceió, o movimento no comércio nesse sábado foi um dos
piores já presenciados por mim quando estive numa determinada Drogaria para
comprar medicamentos.
Ainda assim, embora o governo tenha restringido o trânsito de pessoas – o que é o certo -, tinha gente nas ruas.
Dia
das mães deve ser comemorado com vida e embora a minha já tenha falecido em
novembro de 2009, nunca a esqueci e jamais a esquecerei.
A política econômica do governo do presidente Bolsonaro é um desastre. Embora a Taxa de Juros Selic esteja em 3%, as empresas em geral, Lojas de Departamentos e empresas de cartões de crédito estão cobrando juros extorsivos e encargos financeiros elevados e abusivos ao consumidor,. E embora os bancos públicos e privados emprestando dinheiro na modalidade empréstimos consignados, com desconto em folha, o IOF (Imposto Sobre Operações Financeiras) continua elevado.
Da
mesma forma empresas concessionárias estão cobrando tarifas públicas de energia elétrica e abastecimento
de água e esgoto, também elevadas.
O
aumento dos encargos financeiros nos cartões de crédito, o desemprego elevado e
a crise no mercado financeiro pela queda das ações na Bolsa de Valores de São Paulo,
e o surgimento do Covid-19, acabaram gerando uma recessão muito grande, com uma
queda prevista no PIB para este ano na casa dos 3,5%, podendo atingir 5,0%.
Num
relato histórico, que passa pelas formações sociais pré-capitalistas, Emir
Sader em sua obra Estado e política em Marx. Bomtempo Editorial, 1ª Edição,
2015, 120 páginas, usa a teoria de Marx para captar a essência do que faz o
capitalismo ser o que é nos tempos modernos, como se difere dos sistemas
anteriores e de que forma se perpetua no poder, analisando as três relações
chaves de sua existência: a política, a economia e o Estado. Emir Sader
reavalia o posicionamento do Estado dentro dos jogos de poder, em particular
sua relação com as classes dominantes.
Sua obra chama a atenção, sobretudo, quando afirma na sua crítica ao que considera uma visão voluntarista do Estado, que o considera apenas instrumento usado pelas classes dominantes, ignorando sua inteiração com outros meios sociais. Quando a análise leva em consideração apenas o topo da pirâmide social, o caráter específico do Estado e da política se esconde bem como o papel que possuem de referência a toda a sociedade e que justifica sua existência social, finaliza. E o povo continua pagando a conta e a classe dominante enriquecendo ainda mais. Mas muito do que os cientistas sociais afirmam é com fundamento científico. Daí minha citação.
Não
sou Comunista, Fascista, nem filiado a partido algum. Sou um democrata que quer
viver num País sem um presidente autoritário, irresponsável e insensível.
O governo Bolsonaro representa o que há de pior em toda a História do Brasil, que ele não sabe por ignorância e falta de conhecimento, e destila seu veneno praticando o mal
e o ódio contra pessoas de bem e que jamais deveria ter sido eleito.
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