Cientistas e pesquisadores
descobrem que Covid-19 causam mais danos do que o previsto e provável vacina
poderá surgir até final do ano. Roberto Ramalho é jornalista e servidor da
Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas.
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Desde o início se sabe que os sintomas do Covid-19 característicos, surgido na China e que se transformou
numa pandemia, são coriza, a tosse, a
febre e a falta de ar. Porém, cientistas chineses, americanos e europeus
constataram que estão acontecendo casos de Acidentes Vasculares Cerebrais,
problemas renais e cardíacos, além de confusão mental.
Enquanto
isso a multinacional fabricante de medicamentos e vacinas, Pfizer, comunicou
nesta terça-feira (28.04) que espera que sua vacina experimental contra o novo coronavírus entre
na fase de testes clínicos amplos até outubro, o que permitiria seu uso
emergencial e até uma aprovação acelerada antes do fim do ano. Isso, claro, se
os resultados forem positivos.
Os
testes deverão ser iniciados já na próxima semana nos Estados Unidos se as
agências reguladoras aprovarem. A vacina em desenvolvimento pelo laboratório já
é testada também na Alemanha,
com um laboratório local. Se os planos da empresa se
confirmarem, os resultados serão divulgados já no mês de maio.
O
anúncio foi feito pelo diretor-executivo da empresa, Albert Bourla. Na mesma
oportunidade ele afirmou que a empresa deixou inalterada sua previsão de lucro
ajustado de US$ 2,82 a US$ 2,92 por ação, dizendo que espera que a pandemia
tenha pouco impacto nos resultados gerais.
A
Pfizer afirmou que a maioria de seus medicamentos não é administrada no
consultório médico, o que a ajudaria a emergir da pandemia com um impacto
"desprezível" em seus resultados.
Milhões
de americanos têm evitado visitar médicos ou hospitais por medo de serem
infectados pelo novo coronavírus (Sars-Cov2 ou Covid-19). Porém, Bourla
alertou: "É provável que tenhamos mais impacto negativo durante o segundo
trimestre, impulsionado principalmente por reduções na entrada de novos
pacientes".
O
Covid-19 já matou mais de duzentas
mil pessoas no mundo, sendo a maioria na Europa – sendo os países mais afetados
Itália, Espanha, Reino Unido, Alemanha e França – e nos Estados Unidos com mais
de sessenta mil vítimas.
Por
coincidência, no continente asiático onde surgiu o coronavírus, até o momento morreram
pouco mais de sete mil pessoas, sendo a maioria na China com cerca de cinco mil
mortos, Coreia do Sul com trezentas mortos, Japão com pouco mais de duzentos
mortos, e demais países da Região com pouco mais de dois mil mortos.
No
Brasil já são mais de cinco mil mortos, embora ainda existam testes sendo
avaliados. O número real provavelmente já ultrapassou a casa dos 15 mil mortos.