River Plate vence Boca Juniors
com gols na prorrogação e conquista a Copa Libertadores no Estádio Santiago
Benabéu, em Madri, Espanha. Time
sagrou-se tetra-campeão. Roberto
Ramalho, jornalista.
www.ditoconceito.blogspot.com.br.
Jogando em Madri, na Espanha - como determinou a Conmebol -, o River Plate venceu seu rival Boca Juniors por 3 a 1 na
prorrogação, com gols de Quintero e Pity Martínez, e conquistou sua quarta taça
continental. No tempo normal, empate em 1 a 1, com gols de Benedetto e Pratto.
Ao todo, foram quatro mil
policiais (sendo mais da metade deles enviada da Argentina), espalhados em
viaturas, tanques, helicópteros ou guiando cães farejadores pelas ruas para
evitar que os torcedores dos dois clubes entrassem em conflito.
Outros agentes ficaram posicionados
com escudos e coletes à prova de balas entre os jogadores, no corredor de
acesso ao gramado.
Sem dúvida os europeus ficaram
assustados com o esquema de segurança montado, já que se tratava apenas de uma
partida de futebol. Porém, para nós,
sul-americanos, tratava-se de um dos maiores clássicos, valendo a taça mais
importante do continente.
Assistiram a final da Copa
Libertadores, atletas que já foram exportados há mais tempo para Europa como o argentino Messi, do Barcelona e Dybala, da Juventus, por exemplo. O francês Griezmann, do Atlético de Madrid, vestindo a tradicional camisa do Boca, também
se fez presente em um dos camarotes para acompanhar a partida.
O jogo começou muito
disputado. Tanto que, aos nove, o placar quase foi aberto em favor do Boca Juniors
quando o zagueiro Maidana tentou cortar cruzamento da direita e, de canela, por
pouco não marcou contra.
A partir desse lance, o jogo
começou a ficar violento. Mais do que ganhar, ninguém queria perder. A
bola parada ditava as chances de gol. Aos 29 minutos do 1° tempo, após cobrança
de falta que bateu na barreira, o capitão do Boca, Pablo Pérez, dominou sozinho
dentro da área, mas viu seu chute desviar e sair para fora.
Apesar de ter a posse de bola,
o River Plate não conseguia transpor a marcação do adversário. Assim, num
contra-ataque mortal aos 44 minutos, acabou tomando o gol. Lançado, o carrasco
palmeirense Benedetto limpou a marcação e tocou na saída do goleiro Armani para
fazer 1 a 0, para a loucura dos torcedores do Boca presentes na capital
espanhola.
A equipe millonaria voltou sedenta após o intervalo. Com certeza a
equipe do River Plate se impôs na base da disposição física do que da técnica.
Em um destes lances, o goleiro Andrada ficou caído na área após choque de
cabeça. Mas, quando tocou a bola, chegou ao gol de empate de maneira espetacular.
Aos 22, o ex-São-paulino Lucas Pratto apenas concluiu para o fundo das redes
uma troca envolvente de passes que deixou a defesa rival paralisada: 1 a 1.
Os xeneizes poderiam ter
matado a partida ainda nos 90 minutos, se Olaza não tivesse carimbado a
barreira do River em cobrança de dois toques dentro da área.
Contudo, com a expulsão do
volante Barrios logo no primeiro minuto de prorrogação, o Boca recuou e, aos
poucos, viu o arquirrival tomar conta da partida.
Após longa pressão, e com um
jogador a mais, o River Plate chegou ao gol do título com Quintero, acertando
um belo chute no ângulo de Andrada: 2 a 1. Até mesmo a entrada do experiente
Tévez mudou o rumo da final mais inusitada da história da Copa Libertadores,
jogada em campos europeus. Pelo contrário, completamente exposto, o Boca Juniors
ainda sofreu o terceiro gol em arrancada de Pity Martínez, considerado o melhor
jogador da partida.
FICHA TÉCNICA DE BOCA JUNIORS
X RIVER PLATE. FINAL DA COPA LIBERTADORES, 9/12/2018.
ESCALAÇÃO DAS EQUIPES.
RIVER PLATE - Armani; Montiel (Mayada, aos 28min/2ºT),
Maidana, Pinola e Casco; Ponzio (Quintero, aos 12min/2ºT), Enzo Pérez, Nacho
Fernández (Zuculini, aos 5min/2ºT da prorrogação), Palacios (Álvarez, aos
6min/1ºT da prorrogação), Pity Martínez e Pratto. Técnico: Marcelo
Gallardo.
BOCA JUNIORS - Andrada; Buffarini (Tévez, aos 5min/2ºT da
prorrogação), Izquierdoz, Magallán e Olaza; Pablo Pérez (Gago, aos 43min/2ºT),
Barrios, Nández, Pavón, Villa (Jara, aos 5min/1ºT da prorrogação) e Benedetto
(Ábila, aos 16min/2ºT). Técnico: Guillermo Barros Schelotto.
Gols: Benedetto (aos 44min/1ºT), Pratto
(22min/2ºT), Quintero (3min/2ºT da prorrogação) e Pity Martínez (16min/2ºT da
prorrogação)
Cartões amarelos: Ponzio, Nacho Fernández, Maidana, Casco
(River) e Pablo Pérez, Barrios, Tévez (Boca)
Cartões vermelho: Barrios (B)
Arbitragem: Andrés Cunha, auxiliado por Nicolas Tarán e
Maurício Espinoza(trio uruguaio)
Público: 62.282 pessoas
Local: Estádio Santiago Bernabéu, Madri, na Espanha.
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