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sexta-feira, 28 de dezembro de 2018

Equatorial Energia vence o leilão da Ceal com lance único. Valor pago foi insignificante. Roberto Ramalho, jornalista.

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A Companhia Energética de Alagoas – que já tinha sido federalizada antes de ser vendida, foi a última das seis distribuidoras da Eletrobras, colocadas à venda neste ano pelo governo federal e que atende mais de um milhão de pessoas. A proposta, a única apresentada, apresentou zero em deságio no combinado entre tarifa e outorga.

A empresa não ofereceu desconto de tarifa aos consumidores, mas se comprometeu a fazer um aporte de R$ 545 milhões na distribuidora.

A Ceal atende praticamente a totalidade dos habitantes do estado de Alagoas, de 3,3 milhões. A empresa tem conta atualmente em seus quadros com cerca de 1,2 mil empregados, contando com os terceirizados.

Segundo o Ministério de Minas e Energia, o nível de endividamento da companhia vinha aumentando em média R$ 210 milhões por ano, nos últimos cinco anos.

O presidente da Equatorial, Augusto Miranda, afirmou, em coletiva, após o leilão, que a aquisição reforça a posição da empresa como consolidadora do setor de distribuição de energia elétrica.

Em julho do corrente ano, a companhia arrematou a Cepisa, do Piauí, no primeiro leilão de privatização realizado pela Eletrobras.

Disse ele sobre a Cepisa: "Já começamos a colocar o plano de recuperação em prática". Com isso, a companhia vai reunir as concessões de Maranhão (Cemar), Pará (Celpa), Piauí e Alagoas.

"Isso ajuda a Equatorial a se colocar como consolidadora do setor de distribuição de energia", concluiu Miranda.

De acordo com a regra do leilão, a Equatorial precisa fazer uma capitalização imediata de R$ 546 milhões na companhia, além de aportes de R$ 837 milhões ao longo de cinco anos.




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