Intervenção Federal em Roraima é aprovada por
conselhos e será assinada por Temer na segunda-feira. Roberto Ramalho é
jornalista.
www.ditoconceito.blogspot.com.br.
O presidente Michel Temer vai assinar o decreto que autoriza a Intervenção
Federal no estado de Roraima na segunda-feira. Informação foi divulgada pelo
ministro do gabinete de Segurança Institucional Sérgio Etchegoyen após reunião
com Michel Temer.
Por lei, os conselhos de Segurança e de Defesa Nacional devem ser
consultados sobre intervenção em governos estaduais. O interessante é que o
interventor será o governador eleito pelo PSL, Antonio
Denarium (PSL), agremiação política do
presidente Jair Bolsonaro.
A decisão decorre da crise na segurança pública e
penitenciária. Agentes penitenciários do estado pararam de trabalhar e policiais
civis deflagraram paralisação de 72 horas em razão de meses de salários
atrasados. Os policiais militares, que, pela Constituição, não podem fazer
greve, receberam o apoio de suas esposas, que bloquearam as entrada e saída de
batalhões como forma de protesto.
Temer esteve em reunião com ministros no Palácio da
Alvorada na noite de sexta-feira. Ele afirmou ter conversado com a
governadora de Roraima, Suely Campos, e explicou que a intervenção federal foi
a única saída para o problema.
Disse o presidente Temer, na oportunidade,
resolvendo, e muito, situações em que o presidente eleito Bolsonaro iria
encontrar: “Eu há pouco falei com a senhora governadora e disse que a única
hipótese para solucionar essa questão, especialmente aquela de natureza salarial,
seria decretar a intervenção até a posse do novo governador. Ela acha que de
fato a situação está se complicando e que a melhor solução seria essa. Com isso
queremos pacificar as questões de Roraima”.
No início de novembro, a Procuradoria-Geral da República
(PGR) já havia pedido a intervenção federal “imperiosa e urgente” no sistema penitenciário
do estado, devido o risco de rebeliões.
A PGR descreveu situações, baseadas em relatórios
do Ministério Público, como falta de separação entre detentos de regimes
aberto, semiaberto e fechado, atraso no pagamento de salários de agentes
penitenciários, fornecimento de comida azeda e insuficiente aos presos e falta
de combustível para transportar os presos para audiências.
Agora veremos como se comportarão os Policiais
Civis, Militares e Agentes Penitenciários, que votaram em massa e elegeram além
do presidente Bolsonaro o governador Antonio Denarium (PSL) e se irão continuar
com a paralisação ou cederão.
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