Nova variante detectada na África do Sul causa pânico entre governos e preocupa comunidade internacional. Roberto Jorge é jornalista e servidor da Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas. www.ditoconceito.blogspot.com.br
A organização Mundial da Saúde confirmou, nesse sábado, 27 de novembro, o primeiro caso de infecção pela variante do Sars-CoV-2 batizada de omicron, na Itália. Antes de ganhar o nome de ômicron, a variante ficou conhecida pela abreviação B.1.1.529.
A cepa, que apresenta mais de 50 mutações em seu RNA, foi identificada pela primeira-vez no dia 24 de novembro, na África do Sul. A variante preocupa a comunidade científica pois tem 50 mutações — algo nunca visto antes —, sendo mais de 30 na proteína "spike" que é a "chave" que o vírus usa para entrar nas células e que é o alvo da maioria das vacinas contra a Covid-19.
A classificação "variante de preocupação" é a adotada pela OMS para descrever as variações do coronavírus que oferecem mais risco à saúde pública — e a mesma usada para descrever a delta, gamma, alpha e beta.
Na sexta-feira, 26 de novembro, Sajid Javid, o ministro da Saúde do Reino Unido, a descreveu a BBCBrasil, como uma "grande preocupação internacional".
Os cientistas ainda não têm certeza da eficácia das vacinas contra a Covid-19 existentes contra a nova variante. Segundo a Agência de Segurança em Saúde do Reino Unido, a ômicron tem uma proteína "spike" que é dramaticamente diferente daquela do coronavírus original, na qual os imunizantes são baseados.
Afirmou o professor Richard Lessells, da Universidade de KwaZulu-Natal: "O que nos preocupa é que esta variante pode não só ter uma capacidade de transmissão aumentada, mas também ser capaz de contornar partes do nosso sistema imunológico".
Por sua vez, o Reino Unido anunciou a detecção deste tipo de coronavírus em duas amostras de sequenciamento genético realizadas em cidadãos de Brentwood e de Nottingham. Ambos cumprem quarentena dentro de suas casas. A Holanda aguarda os resultados de testes em 61 passageiros de um voo procedente da África do Sul que contraíram a covid-19.
Mesmo sendo uma nova cepa muito infectante, Bolsonaro havia descartado a proibição de quem viesse de alguns africanos em voos que pousariam no Brasil, mas depois voltou atrás convencido por membros de seu governo e pela nova decisão da Agência Nacional de Vigilância sanitária (Anvisa).
Até o momento foram registrados 77 casos na África do Sul, 4 na vizinha Botsuana, 1 em Hong Kong (uma pessoa que voltou de uma viagem à África do Sul), 1 em Israel (uma pessoa que voltou do Malaui), 1 na Bélgica (uma pessoa que viajou ao Egito) e 2 no Reino Unido.
Fazendo 'juízo de valor', mesmo não sendo médico e nem cientista, creio que ainda não é hora de suspender o uso de 'máscaras' e promover aglomerações por meio de eventos, sobretudo do Carnaval no início do próximo ano.
Referência
Organização Mundial da Saúde (OMS).
BBC Brasil – www.bbcbrasil.com.
Portal G1.
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